Para os que buscam a paz, o Evangelho da Alegria

Arte: Sergio Ricciuto Conte

Em 1994, Yasser Arafat, Yitzhak Rabin e Shimon Peres receberam o Prêmio Nobel da Paz por suas negociações pela paz no Oriente Médio. Em 2014, Mahmoud Abbas e Shimon Perez se encontraram com o Papa Francisco e Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla, para rezar e se propor a construção da paz naquela região. Yitzhak Rabin foi assassinado por um militante extremista israelense, que não concordava com seus esforços pela paz. Arafat e seu sucessor, Abbas, sempre foram vistos com desconfiança pelos judeus, que duvidavam de suas reais intenções de paz, e pelos palestinos, que duvidavam da real possibilidade de um acordo com Israel.

A paz nunca foi e nunca será uma empreitada fácil. Neste mês de novembro de 2023, comemoramos o décimo aniversário da exortação apostólica Evangelii gaudium (EG) enquanto contemplamos consternados as barbáries e atrocidades da luta entre o Hamas e Israel. Por isso, este Caderno Fé e Cidadania está dedicado à paz no contexto da exortação de Francisco.

Como diz o Papa: “ O modelo é o poliedro, que reflete a confluência de todas as partes que nele mantêm a sua originalidade {…] É a união dos povos, que, na ordem universal, conservam a sua própria peculiaridade; é a totalidade das pessoas numa sociedade que procura um bem comum que verdadeiramente incorpore a todos” (EG 236). Nesse poliedro de várias faces, não podemos deixar aquelas da guerra e da violência, mas – para adquirir um novo olhar sobre a realidade e construir a paz –, temos que contemplar aquelas que, mesmo na dificuldade e na incompreensão, já estão lutando pelo bem comum, pela harmonia entre os povos. Que a eles chegue a alegria do Evangelho, nossa oração e nossa solidariedade cristã.

Agradecemos, particularmente à Revista Passos, do movimento Comunhão e Libertação, que cedeu textos e ajudou na formulação desta proposta editorial.

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