
Você já deve ter ouvido falar que “a família é a base da sociedade”. Para ir além do clichê, é preciso entender o fundamento dessa ideia. É na família que recebemos a primeira experiência do cuidado: desde que nascemos até deixarmos a casa dos pais. É nela, portanto, que desenvolvemos nossos primeiros laços sociais, formamos as bases de nosso comportamento e compreensão de mundo.
A família é um dos principais agentes de proteção, educação, cuidado e desenvolvimento das pessoas nas sociedades. Tanto é que crianças e pessoas idosas têm direito, reconhecido em lei, à convivência familiar e comunitária. Não existe desenvolvimento humano fora das famílias; o desenvolvimento social, portanto, depende em grande medida do bem-estar e da funcionalidade das famílias. Quando as famílias funcionam, ou seja, são capazes de exercer seu papel natural de cuidado das pessoas, as sociedades têm mais chances de funcionar. Infelizmente, o contrário é verdade: quando as famílias falham, os problemas se multiplicam: negligência familiar, violência doméstica, desenvolvimento inadequado das crianças, sobrecarga materna, abandono de pessoas idosas… Portanto, fortalecer as famílias é medida urgente para promovermos um ambiente social mais saudável.
Não por acaso, quando a família vai mal, os impactos são sentidos até a vida adulta. Os problemas enfrentados em casa frequentemente se refletem nas ruas, nas escolas e em diversos outros espaços públicos.
Os problemas das famílias são problemas da cidade. Entender quais são os problemas sociais que estão relacionados às famílias é o primeiro passo para promover ações eficazes que trarão resultados para as pessoas e para a sociedade. Violência doméstica, negligência familiar, abuso de álcool e drogas, violência nas escolas são alguns dos problemas que afetam as famílias e que podem ter soluções eficazes a partir de ações desenvolvidas pelos municípios.