Jovens vão a Lisboa testemunhar a alegria do encontro com Cristo

“Queridos jovens, ao final do Ano Santo, confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Levem-na ao mundo, como sinal do amor do Senhor Jesus pela humanidade, e anunciem a todos que somente em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção”. Com essas palavras, ditas em 22 de abril de 1984, na Praça São Pedro, após ter fechado a Porta Santa pelo Jubileu da Redenção, São João Paulo II pré-anunciava a criação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que seria instituida por ele em dezembro de 1985.

Naquele abril de 1984, a grande cruz de madeira que foi símbolo do Ano Santo foi confiada à juventude para que essa anunciasse ao mundo o verdadeiro evento que transforma a humanidade: a salvação.

Ao todo, 36 edições da JMJ já foram realizadas, muitas delas, reunindo milhões de jovens de diferentes nações, que peregrinam para esse grande encontro com Nosso Senhor Jesus Cristo, na companhia de seu Vigário na terra, o Papa.

Daqui a menos de três semanas, inúmeros jovens, incluindo grupos da Arquidiocese de São Paulo, desembarcarão em Lisboa, em Portugal, para a 37a JMJ. Esses peregrinos vão motivados pelas palavras “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1,39), tema escolhido pelo Papa Francisco para esta edição do evento.

Na mensagem enviada aos jovens para esta jornada, o Santo Padre recorda que, depois da Anunciação, Maria poderia ter se concentrado em si mesma, nas preocupações e temores derivados da sua nova condição. Mas, ao contrário, “‘levanta-se e põe-se em movimento’, porque tem a certeza de que os planos de Deus são o melhor projeto possível para a sua vida. Maria torna-se templo de Deus, imagem da Igreja a caminho, a Igreja que sai e se coloca a serviço, a Igreja portadora da Boa-Nova”.

Esse, portanto, é o propósito das JMJs: o encontro pessoal dos jovens com Jesus Cristo e com os irmãos, que os impele para ir e anunciar o Evangelho a todos os povos.

E não foram poucas as ocasiões em que os papas reforçaram o sentido evangelizador das jornadas mundiais da juventude. Já na primeira edição internacional, realizada em 1987, em Buenos Aires, na Argentina, São João Paulo II exortou: “Jovens, Cristo, a Igreja, o mundo esperam o testemunho de suas vidas, baseado na verdade que Cristo nos revelou!”.

Em 2011, o Papa Bento XVI, em sua última JMJ antes de renunciar ao pontificado, convidou os jovens reunidos em Madri, na Espanha, a permanecerem firmes na fé. “Permanecer no Seu amor significa viver radicados na fé, porque esta não é a simples aceitação de uma verdade abstrata, mas uma relação íntima com Cristo, que nos leva a abrir o nosso coração a este mistério de amor e a viver como pessoas que se sabem amadas por Deus”, afirmou.

Em 2013, ao concluir sua primeira JMJ, no Rio de Janeiro, o Papa Francisco exortou os jovens: “Ide, sem medo, para servir!” Diante de 3,7 milhões de pessoas na praia de Copacabana, o Bispo de Roma acrescentou: “Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês!”.

Os organizadores da JMJ deste ano já contam com mais de 600 mil inscritos e esperam a participação de cerca de 1 milhão de pessoas nos atos centrais em Lisboa, entre os dias 1º e 6 de agosto. Do Brasil, estima-se que aproximadamente 15 mil jovens participarão do evento de evangelização.

Como o próprio Papa Francisco expressou em sua mensagem, após o distanciamento causado pela pandemia, a JMJ será a ocasião de experimentar novamente a alegria do encontro com Deus e com os irmãos e, “como Maria, levemos Jesus dentro de nós, para comunicá-lo a todos”.

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