No dia 9 de maio de 2024, o Papa Francisco promulgou o Jubileu ordinário de 2025, com a Bula Spes non confundit (“A Esperança não engana”). Os anos jubilares são celebrados ordinariamente a cada 25 anos em memória do nascimento de Jesus Cristo. Há também Jubileus extraordinários, que podem ser promulgados fora dessa sequência cronológica, como foi o Jubileu da Misericórdia, em 2016, e como acontecerá de novo em 2033, em memória dos 2033 anos da morte de Jesus Cristo e da nossa redenção.
O tema do próximo Jubileu será “peregrinos de esperança”. A virtude teologal da esperança anda meio esquecida, mas ela é muito importante e necessária em nossos dias. A Bula papal do Jubileu traz os motivos da escolha do tema: o mundo carece de esperança e a Igreja recebeu o dom inestimável do Evangelho da esperança para ser comunicado à humanidade. O tema é riquíssimo e poderá ser trabalhado de variadas meneiras ao longo do ano jubilar.
Também já foi divulgado o calendário do Jubileu, com os principais eventos de peregrinação em Roma, tendo por meta os túmulos dos apóstolos São Pedro e São Paulo e as quatro grandes basílicas papais (São Pedro, São Paulo, Santa Maria Maior e do Divino Salvador, ou São João de Latrão). Porém, Francisco pediu que o Jubileu não seja celebrado apenas em Roma, mas também em todas as Igrejas locais e em cada diocese do mundo, a fim de oferecer às pessoas numerosas possibilidades para se beneficiarem das graças do Jubileu e fazerem a renovação da fé e da vida cristã.
O Papa dará início ao Jubileu para toda a Igreja na vigília do Natal, 24 de dezembro de 2024, com o rito de abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, em Roma. Neste Jubileu, o rito da Porta Santa será feito unicamente em Roma, pelo Papa. No dia 29 de dezembro sucessivo, festa da Sagrada Família, deverá ser celebrado o início do Jubileu na Catedral de cada diocese do mundo, pelo bispo diocesano, com o seu clero, religiosos e leigos. Em São Paulo, a celebração já está marcada para as 15h do dia 29 de dezembro, na Catedral metropolitana.
Ao longo de 2025, deverão acontecer em cada diocese as iniciativas do Jubileu, propostas na Bula papal, envolvendo as paróquias, comunidades religiosas, associações de fiéis e outras organizações e expressões de vida eclesial. As peregrinações, a pregação da Palavra de Deus, a celebração do perdão e da reconciliação serão partes centrais da vivência do Jubileu. A concessão da indulgência plenária do Jubileu fará parte dessas práticas. Muitas outras iniciativas, que mostrem os sinais de esperança já presentes no mundo, como a prática assídua das obras de misericórdia, a reconciliação e o perdão, a superação da violência e a valorização da vida deverão ser promovidas, conforme recomenda a Bula.
As peregrinações, com as ações que as acompanham, são experiências jubilares importantes. A maioria das pessoas não poderá ir a Roma, ou a outra meta distante de peregrinação. Por isso, o Papa pediu que cada diocese designe algumas igrejas como metas de peregrinação nas próprias dioceses, para que o povo possa realizar essa experiência de fé tão recomendada. O Jubileu é uma excelente oportunidade para reavivar a prática dos deveres cristãos e a piedade popular, com as devoções especialmente recomendadas pela Igreja.
Nossa Arquidiocese terá duas igrejas de peregrinação em cada Região Episcopal, para as quais os grupos organizados poderão se dirigir nas suas peregrinações. Essas igrejas disponibilizarão o calendário das datas e horários para acolher os peregrinos, para que as paróquias e outros grupos possam agendar antecipadamente suas peregrinações. Também a peregrinação anual da Arquidiocese para o Santuário Nacional de Aparecida, em 04.05.2025, será uma peregrinação jubilar.
Nessas igrejas, os peregrinos serão acolhidos e poderão participar da celebração dos Sacramentos da Penitência e da Eucaristia, ou de celebrações da Palavra de Deus e receber a graça da indulgência plenária do Jubileu. Cada paróquia deverá promover abundantes celebrações do Sacramento da Penitência, preparando seus peregrinos. O Jubileu é um tempo de graças especiais para todo o povo e para manifestações expressivas de fé.
Haverá um símbolo do Jubileu na parte externa de todas as igrejas da Arquidiocese, como sinal público de que a Igreja está em Jubileu. No interior das igrejas, também haverá sinais que visibilizem a celebração do Jubileu. Esses sinais estão sendo definidos por uma Comissão do Jubileu, para que todas as igrejas das paróquias, comunidades e oratórios públicos possam tê-los em tempo, para o início do Jubileu. O Jubileu será um “ano da graça do Senhor” e, ao mesmo tempo, uma ocasião propícia para a evangelização e a renovação da fé e da vida cristã.