Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

Deus é grande! E nossa grandeza é proporcional à união que estabelecemos com Ele. Para sermos “grandes”, é preciso nos tornamos seus filhos “pequeninos”. Nossa “glória” está em adorá-Lo; nossa liberdade, em obedecer-Lhe; nossa “exaltação”, em nos ajoelharmos diante Dele.

Os pássaros bendizem a Deus voando e cantando; as abelhas o louvam polinizando as plantas e produzindo mel… Aos seres humanos, porém, compete algo bem maior do que aos irracionais! Existimos para conhecer, amar e servir livremente o Criador, pois temos uma alma feita à sua imagem. Além disso, assumindo nossa natureza, o Filho de Deus nos elevou ainda mais. O fundamento da existência e da dignidade humana está em se glorificar a Deus Pai e Criador.

Por isso, o Senhor Jesus nos ensina a orar dizendo, antes de tudo, “Pai, santificado seja o vosso Nome” (Mt 6,9). “Santificar” é louvar, bendizer, agradecer e propagar continuamente o Nome do Senhor. “Nele, vivemos, nos movemos e existimos” (At 17,28); portanto, desprezando-o, o homem degradaria sua própria existência. O nosso nada precisa de sua glória; nossa mortalidade, de sua eternidade; nossa miséria, de sua santidade.

Para que o santifiquemos perfeitamente, Deus falou muitas vezes pelos profetas e, na plenitude dos tempos, se fez homem. E o Deus-Homem, Jesus Cristo, revelou-nos o mistério da intimidade divina: Deus é Pai e Filho e Espírito Santo. Há um só Deus em três Pessoas realmente iguais e distintas. O Pai é a fonte e origem; o Filho é a sabedoria que se fez homem; o Espírito Santo é o amor que procede do Pai e do Filho. As três Pessoas não se confundem, pois estabelecem entre si relações distintas; mas, ao mesmo tempo, não se separam, já que são uma única substância divina. Deus é uma perfeita comunhão de Amor que transborda para suas pequenas criaturas e convida-as a participar da sua vida.

O Antigo Testamento fala do “Espírito do Senhor” e da “Sabedoria” divina personificada. Entretanto, com a vinda do Filho, a Santíssima Trindade se manifestou de modo sensível no Batismo e na Transfiguração de Jesus. E o Senhor mesmo falou repetidamente sobre sua relação filial com o Pai e sobre o Espírito Santo que comunicaria a vida da graça aos fiéis. Estabeleceu como missão da Igreja “fazer discípulos pelo mundo inteiro e batizar em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19).

Ao festejarmos a Santíssima Trindade, reavivamos o desejo de orar distintamente a cada uma das Pessoas divinas, estabelecendo, assim, intimidade com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo. Adoramos profundamente o Deus uno e trino, maravilhados porque, por meio da graça santificante, Ele veio habitar nossas almas. E fazemos o propósito de que toda a nossa vida – escolhas, trabalhos, família, descanso, orações – seja um contínuo hino de louvor ao único Deus que nos criou, redimiu e santifica.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre, por todos os séculos dos séculos. Amém!

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