Recordando os 60 anos do término do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965); lembrando os 280 anos da criação da Diocese de São Paulo (1745-2025) e celebrando os 130 anos de fundação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu – Scalabrinianas (1895-2025), queremos testemunhar os desdobramentos da Unidade da Igreja e viver a sinodalidade, proposta no pontificado do Papa Francisco.
A Igreja realizou o Concílio Ecumênico Vaticano II, intensificando o aggiornamento. Isso significou, de forma absoluta, que a Igreja propôs a sua presença evangelizadora no mundo. De fato, apresentou a Esposa de Cristo como parte das realidades humanas, sem diminuir sua vitalidade em anunciar sempre o Evangelho de Jesus Cristo. Ao largo, a Igreja marcou passos e abriu janelas, para com o tempo e o espaço, em todos os momentos e hoje, dialogar com a contemporaneidade. Assim, também, vemos a dinamicidade e a operosidade da Igreja que está em São Paulo.
Importante destacar que a Igreja paulopolitana, continuamente, vem mostrando sua capacitação de inserir-se no mundo e de dialogar com as realidades humanas. Em 1888, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho convocou e realizou o primeiro sínodo em São Paulo. Manifestou o senso de sinodalidade e apresentou as orientações dos Concílios Ecumênicos de Trento (1545-1563) e Vaticano I (1869-1870), para que fossem aplicadas na então Diocese. Enquanto estamos vivendo os desdobramentos do Sínodo, convocado pelo Papa Francisco, e reiterado pelo Papa Leão XIV, aproveitamos para pesquisar a história da Arquidiocese de São Paulo. Tanto vemos a marca sinodal na Igreja paulista, sobretudo em 1888, quanto percebemos a alegria da sinodalidade, como proposição no pontificado de Francisco.
Depois do Concílio Ecumênico Vaticano II, os sínodos ganharam força e vitalidade, para que a Igreja de Cristo Jesus se manifestasse vigorosamente às pessoas de boa vontade. Vários sínodos ordinários e extraordinários foram realizados, em Roma. A instituição do Sínodo dos Bispos, desejada pelos padres conciliares, foi consolidada para manter vivo o espírito sinodal, gerado pela experiência conciliar. O primeiro Sínodo, pós-conciliar, foi convocado e finalizado por São Paulo VI, em 1967. Desde então, os sínodos estão marcando a vida da Igreja.
Em 2025, a Igreja em São Paulo está celebrando os 280 anos da criação da Diocese. Lembramos a fundação da cidade, em 1554, passando pela ereção canônica da Paróquia, em 1591, a criação da Diocese, em 1745, e a elevação à Arquidiocese, em 1908. Tempo de benesses e momento de celebração. As datas estão plenamente sintonizadas com as atividades pastorais da Igreja paulista. As efemérides pontuam o despertar das iniciativas e das atitudes eclesiais para o bem da Igreja de Cristo Jesus e a relação íntima com a sociedade.
Os estudantes da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção da PUC-SP participaram das Optativas sobre o Sínodo de 1888 e sobre os 130 anos de fundação das religiosas Scalabrinianas. Foram momentos fortes de formação humana e intelectual, que os ajudarão para sempre nas suas atividades pastorais. No ano com muitos jubileus, os estudantes compreenderam que a universidade os prepara para o ensino, a pesquisa e a extensão. Como estudantes e inseridos na Arquidiocese de São Paulo, os jovens se comprometeram com os estudos e se esforçaram para testemunhar e viver os sinais do Reino de Deus entre os que habitam a cidade de São Paulo. Seja, de fato, um momento oportuno para a Arquidiocese assegurar sua presença edificante e manter seu compromisso e testemunho cristão junto aos habitantes dessa imensa cidade.






