Evangelii nuntiandi: a Igreja é chamada a evangelizar

A Igreja é chamada a evangelizar as pessoas em todas as partes do mundo, à luz do Evangelho de Jesus Cristo. É mandato explícito do Salvador do gênero humano: “Toda autoridade sobre o céu e a terra me foi dada” (Mt 28,18). Continua a solicitar o Redentor da humanidade aos seus discípulos: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos” (Mt 28,19).

Desde sempre, a Igreja ouviu e entendeu a mensagem salutar do Bom Pastor. Em todos os tempos e em todos os lugares, ocupou-se, a Esposa de Cristo, em anunciá-la com eficácia e profunda convicção. O século XX foi marcado por um evento eclesial e, eminentemente, pastoral, chamado Concílio Ecumênico Vaticano II. Passados os primeiros dez anos desse acontecimento histórico, iniciado em 1962 e encerrado em 1965, São Paulo VI, em 8 de dezembro de 1975, entregou à Igreja a exortação apostólica Evangelii nuntiandi.

Uma década após o Concílio Ecumênico, a Igreja sentiu a necessidade de nortear a barca do Redentor e Salvador, presente na sociedade. A Esposa de Cristo, em tempos de compreensão e adaptação às novas orientações pastorais, buscava entendimento, seguridade e firmeza, no bem conduzir os fiéis.

É próprio da missão da Igreja evangelizar todas as pessoas. “Ide a todos e a todos evangelizai” (Mc 16,15). Após 45 anos da exortação apostólica Evangelii nuntiandi, estamos vivendo o mesmo entusiasmo na evangelização? A Boa-Nova de Cristo Jesus está sendo proclamada com a mesma alegria que motivava os primeiros cristãos? A sociedade recebe com vigor renovado a eterna novidade apresentada pelo Bom Pastor? Essas perguntas foram feitas por São Paulo VI, por ocasião dos dez anos de encerramento do Concílio Ecumênico. Podemos propô-las, novamente, com toda seguridade. São atualíssimas e, sobretudo, necessárias para a eficácia da missão eclesial. 

Devemos viver como entusiastas o Evangelho de Jesus Cristo. É mister anunciá-lo com palavras e gestos. O mundo necessita de compromisso e comprometimento. Somos comprometidos com o Bom Pastor.  

Devemos proclamar a Boa-Nova com alegria. Nossa alegria, eminentemente cristã, motivada pelo testemunho das obras de misericórdia, iluminará o mundo sequioso de Deus. 

Devemos dialogar com a sociedade. Mudam-se as épocas, mas a mensagem salutar do Evangelho continua a mesma. Em tempos de novos paradigmas e novas proposições, somos convocados ao diálogo. Precisamos escutar os anseios do homem e mulher contemporâneos e podemos sugerir possibilidades à luz do Evangelho de Jesus Cristo.

Celebrar as efemérides dos 45 anos da exortação apostólica Evangelii nuntiandi e reafirmar nosso comprometimento, como cristãos, no empenho sempre renovado, em apresentar Jesus Cristo a todos os que ainda não O conhecem, e, ao mesmo tempo, animar aqueles que já O seguem cotidianamente é dever de cada batizado e de toda a Igreja.

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