Sinodalidade, justiça e paz no magistério do Papa Francisco

Por Valmir Ferreira da Silva
Graduando em Teologia pela PUC-SP
Iniciação Científica – 2023/2024
(Texto escrito sob a supervisão do Padre José Ulisses Leva, professor de História da Igreja na PUC-SP)

A sinodalidade é uma característica que está marcando o magistério do Papa Francisco. Desde 2021, quando foi convocado o sínodo “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, o Pontífice vem reafirmando esse tema para a Igreja. Teremos uma nova etapa em 2024, e as conclusões continuarão até 2025. Essa atitude sinodal está enraizada desde quando o Cardeal Bergoglio, hoje Papa Francisco, participou da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho (Celam), em Aparecida. São 11 anos de seu pontificado dedicados a essa importantíssima temática.

Sinodalidade é um termo do grego que significa “caminhar juntos”. Esse caminhar juntos deve ser entendido em todas as atividades comunitárias do ser humano, seja no trabalho, seja na família, seja na política e seja, também, na comunidade eclesial.

O termo justiça vem do latim e significa “princípio básico que mantém a ordem social por meio da preservação dos direitos em sua forma legal”. O cristão, quando recebe o sacramento do Batismo, é incluído na comunidade dos fiéis. Portanto, o fiel passa a pertencer à Igreja de Cristo (cf. Mt 5,6). O cristão é convidado sempre a praticar a justiça e, portanto, todo membro da comunidade eclesial deve caminhar e promover a defesa da justiça social.

A paz é outro termo que deriva do latim e significa “ausência de violência ou guerra” (cf. Jo 20,19). Todas as pessoas aprendem desde pequenas o significado da paz. As famílias devem dar o exemplo e serem suas promotoras.

A sinodalidade, justiça e paz nos indagam sobre a postura eclesial que devemos sempre assumir no nosso dia a dia. Como a sinodalidade deve estar presente na Igreja Católica com a justiça e a paz?

A Igreja deve se preocupar com a justiça e a paz? A Igreja deve se ocupar da Liturgia e da Dogmática? O Papa Francisco tem mostrado que a Igreja se ocupa de ambas e afirmado que a Igreja é maternal. Sendo assim, o Pontífice tem dito que a Casa Comum pertence a todos; e, reiteradamente, afirmado que a Terra deve ser inclusiva.  Por isso, a Igreja proclama a justiça e almeja sempre a paz para toda a humanidade.

Para os cristãos, jpstiça e Paz são exigências fundamentais na prática cotidiana. Jesus Cristo anunciou aos apóstolos, na Igreja primitiva, e, a nós, na contemporaneidade, que devemos ser promotores da justiça e da paz.

 

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