A esta pergunta do Josenildo, aqui de São Paulo, eu começo respondendo: Natal sem o Menino Jesus não tem sentido, independentemente da quantidade de cartazes que o Papai Noel – aquele velhinho simpático, gorducho, de barbas brancas e longas – tenha junto às crianças e até mesmo junto aos adultos.
E, infelizmente, até nas festinhas de confraternização de nossas paróquias e comunidades, o Papai Noel, muitas vezes, aparece mais do que o Menino Jesus.
O simpático bom velhinho que a gente chama de Papai Noel tem raízes cristãs. Tudo indica que foi São Nicolau, Bispo de Mira no século IV. Era um homem de muita fé e de uma imensa bondade, particularmente com os mais pobres. Só que nos Estados Unidos, vestiram o velhinho de vermelho e deram-lhe um par de botas. E todos os anos, nesta época, ele aparece pilotando um trenó puxado por renas e carregadinho de presentes.
Nós, cristãos, temos de proclamar às crianças a verdade da fé, mostrando a elas o presépio. Podemos rezar com elas diante da imagem do Menino Jesus.
Na noite de Natal, eu estou sonhando com as famílias rompendo a indiferença ou a falta de fé de alguns de seus membros e, antes da ceia e da distribuição de presentes, agradecendo ao Pai do céu o presente que Ele nos deu: o seu próprio Filho. Depois, o Papai Noel pode chegar. Um pouco de fantasia é bom para a criançada e, cá entre nós, até para nós adultos. Mas quando a gente olhar para o Papai Noel, vamos nos lembrar de São Nicolau, o bondoso bispo oriental preocupado com os pequenos e pobres, o amigo das crianças, o mensageiro da alegria do Natal. Ele pode nos ajudar a reencontrar dentro das festividades do Natal a verdadeira razão da festa: o nascimento do Menino Jesus.
