Por você, por sua família e pelo bem comum, vacine-se!

Não será mais preciso usar máscaras ou manter o distanciamento social em ambientes públicos; os encontros em família ou entre amigos, bem como outras reuniões, não terão qualquer tipo de restrições; e os espaços culturais, de culto e de entretenimento vão funcionar com plena capacidade.

O que parece utopia em um mundo que ainda vive a pandemia se tornará realidade na Inglaterra a partir do próximo dia 19, conforme anunciou o governo britânico no início desta semana. E essa volta das atividades sociais aos moldes “pré-COVID-19” só será possível porque no Reino Unido 87% dos adultos já receberam ao menos uma dose da vacina contra o coronavírus e 66% já estão imunizados após a aplicação das duas doses.

Nos Estados Unidos, a parcela de 48% da população que já está completamente vacinada pode permanecer sem máscaras e não precisa mais seguir o distanciamento social. Nesse país, outros dados sobre a eficácia da vacinação foram divulgados recentemente: dos mais de 18 mil mortos com a COVID-19 no mês de maio, 99% não tinham ainda se vacinado; e entre os 853 mil hospitalizados com o vírus em junho, apenas 0,1% fazem parte dos que já tomaram as duas doses da vacina.

Com cerca de 40% da população já tendo recebido a 1ª dose do imunizante contra o coronavírus e quase 15% já completamente imunizada, o Brasil ainda está distante da retomada da “vida normal” vista nos Estados Unidos, Inglaterra e outras nações com o alto percentual de população vacinada, mas já são perceptíveis os impactos positivos que a vacinação tem provocado.

O comparativo da média móvel de mortes por COVID-19 entre 29 de junho e 12 de julho aponta para a queda de 19%. Nesse mesmo período, o número de novos casos diários decresceu 31%, indicando que o avanço da vacinação no País tem ajudado a conter a pandemia, mesmo que algumas cidades, como Curitiba (PR), Manaus (AM) e Salvador (BA), tenham sido obrigadas a suspender parcialmente a vacinação no começo desta semana por falta de doses disponíveis.

Uma boa notícia pode ser lida no Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado no dia 9: a quantidade de casos graves de COVID-19 entre pessoas acima de 60 anos decresceu significativamente nas últimas semanas, indicando que “a vacinação dessas pessoas vem fazendo o efeito esperado, de diminuir o número relativo de casos graves”.

Como recorrentemente recordam os desenvolvedores de vacinas e a comunidade médica, a função primeira do imunizante contra o coronavírus é evitar que alguém, ao se contagiar, morra por complicações decorrentes da COVID-19. Desse modo, mesmo os vacinados podem desenvolver formas moderadas ou leves da doença, mas que dificilmente levarão à internação. E quando a maior parte das pessoas de uma comunidade está imunizada, o vírus tem mais dificuldade para se disseminar e, assim, se alcança a chamada proteção comunitária, dando mais segurança também àqueles que ainda não puderam se vacinar, como é o caso de adolescentes e crianças. Outra vantagem é a redução do potencial de mutações do vírus, o que dificulta o surgimento de variantes mais transmissíveis.

Vacinar-se, portanto, é mais que um gesto de interesse individual. É uma atitude de quem pensa no bem comum e um gesto em favor de toda a comunidade. Como lembrou o Papa Francisco em uma entrevista em janeiro, é ainda “uma opção ética, porque está em jogo não só a sua saúde, mas também a dos outros. Se os médicos nos apresentam a vacina como algo bom, sem grandes efeitos negativos, por que não tomar?”.

Como apontado pela Comissão Vaticana COVID-19 e a Pontifícia Academia para a Vida, em uma nota conjunta de dezembro de 2020, “acolher a vacina não é só uma questão de nossa própria saúde, mas, também, uma ação em nome da solidariedade com os demais, especialmente os mais vulneráveis”. Portanto, para seu próprio bem, o de sua família e de toda a comunidade, vacine-se!

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