Esta é a dúvida da Maria da Silva, do bairro de Pinheiros. Minha irmã, nenhum dos escritores do Antigo e do Novo Testamento numeraram os capítulos e os versículos da Bíblia. Nem pontuação eles colocavam. O texto era corrido. Os que liam a Bíblia até citavam frases e fatos bíblicos, mas para quem os ouvia era um problema.
Por causa disso, um arcebispo inglês chamado Stephen Langton, em 1227, dividiu os livros bíblicos em capítulos. Já foi uma grande ajuda, como você pode imaginar.
Cerca de 300 anos depois, em 1551, um impressor francês chamado Robert Estienne numerou os versículos, e isso facilitou muito a leitura e as citações das passagens bíblicas. Alguém pode concluir que foi uma inspiração divina. E ponhamos isto na cabeça: inspirados são os textos, o conteúdo de cada livro. A numeração, não.
Maria da Silva, você quer saber o critério dos versículos. O critério só poderia ser o sentido completo de cada frase: sujeito, verbo, objetos direto e indireto. Se uma frase completa outra, há versículos que podem ter duas frases. Alguns versículos podem até ser separados em duas, três partes, com as letras a, b, c.
Nós, leitores, porém, devemos tomar cuidado para não separar um versículo do contexto em que foi escrito. Um exemplo: a frase “Deus não existe” está nos Salmos da Bíblia. E o contexto? Simples: A frase inteira é esta: “O ímpio diz no seu coração: ‘Deus não existe’”. Perceba, então, minha irmã, o quanto é importante o contexto. Fique com Deus, Maria, e que Ele abençoe você e sua família.
