Qual a relação da Campanha da Fraternidade com a Quaresma? 

Esta é a dúvida da Maria do Carmo, de Guarulhos (SP). Gostei da pergunta. Começo a respondê-la lembrando a você que a Campanha da Fraternidade é um jeito muito bonito que a Igreja no Brasil descobriu para nos ajudar a viver o tempo da Quaresma, os 40 dias em que nos preparamos para a Páscoa do Senhor, que é a festa mais importante do calendário cristão. 

Na Páscoa, celebramos a vitória de Jesus sobre a Morte, sua Ressurreição gloriosa na qual Ele passou para nós um documento com firma reconhecida de que Ele é Deus, que quis ser Deus conosco e continua sendo pela vida afora. 

A Quaresma nos prepara para a Páscoa, uma experiência linda de Jesus ressuscitado. E como a Igreja propõe esta preparação para os cristãos de todo o mundo? Por meio da oração, penitência e amor fraterno. Na oração, entramos em comunhão profunda com Deus. Com a penitência, exercitamos nossa vontade a querer só o que Deus quer. E com o amor fraterno, nós nos reconhecemos irmãos e vamos ao encontro de Deus presente nos pequenos e pobres, pelas práticas de caridade. 

A Igreja no Brasil quis ajudar-nos a viver melhor ainda a Quaresma, canalizando a nossa oração, a nossa penitência e o nosso amor fraterno para a transformação da realidade triste das parcelas do povo que carregam no corpo as marcas da cruz de Cristo. Então, depois de alguns anos com a Campanha da Fraternidade refletindo sobre o que é ser Igreja, o que é ser discípulo de Cristo, a Igreja passou a focalizar a cada ano um aspecto da realidade do povo que revela sofrimento, discriminação, dor e clamor de justiça. 

Você, Maria, deve se lembrar de muitos temas da Campanha da Fraternidade: violência, desemprego, situação da família, falta de saúde, educação, menor abandonado, juventude, a mulher, o negro, o índio, o idoso, a questão da água, a justiça e a paz. Neste ano, nossa oração e reflexão, nossa penitência e renúncia a algum bem legítimo e nosso amor são dirigidos à Ecologia Integral. Participar da Campanha da Fraternidade se torna, então, um grande gesto de inclusão e de comunhão da Igreja que tornará muito mais forte a experiência com o Cristo ressuscitado. É isso aí, minha irmã. Que Deus abençoe você e sua família. 

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