Quando um leigo dirige a celebração da Palavra, ele age na pessoa de Cristo?

Hoje respondo a esta dúvida da Neide, de Guarulhos (SP): “Quando o sacerdote está no altar, celebrando, ele é representante legítimo de Cristo, certo? E um leigo quando celebra, também é um representante de Cristo no altar?”. 

Neide, deixe-me explicar a você o que faz o sacerdote no altar. Ele está agindo na pessoa de Cristo. Explico melhor: o próprio Cristo está agindo na pessoa dele. É por isso que o sacerdote diz na consagração: “Isto é meu corpo! Este é o cálice do meu sangue”. Repare, ele não diz: “Este é o corpo de Cristo. Este é o cálice com o sangue de Cristo”. Não! Ele diz: “Isto é meu corpo! Este é o cálice do meu sangue”. 

Repare, então, Neide, que no altar o padre não é um funcionário de Cristo. O funcionário exerce uma função e para por aí. 

O sacerdote no altar não representa Cristo. Ele não é um ator que imita um papel. O ator, por mais que viva seu papel, estará sempre representando. O padre, portanto, é um outro Cristo. É um irmão do povo que naquele momento está agindo na pessoa de Cristo. 

E o leigo? Bom, que fique bem claro que o leigo não é sacerdote, ele não tem o sacramento da Ordem. Pela falta de sacerdotes, acontece que muitos leigos estão à frente de um culto. É preciso lembrar, porém, que aquele leigo que dirige as orações é apenas um irmão que está ali prestando serviços. 

Eu fico preocupado quando ouço, e olhe que isso é frequente, pessoas dizendo: “Nossa, o senhor tal celebrou uma missa daquelas!’ Não, não, não! Ele não presidiu missa porque ele não é padre. Nem a celebração foi missa. Foi um simples culto, uma simples celebração da Palavra para que seus irmãos, na falta de um padre que presida a missa, não fiquem sem o pão da Palavra de Deus. Espero ter sanado sua dúvida, Neide. Fique com Deus e que Ele abençoe você e sua família. 

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