A Clara Gonçalves, aqui de São Paulo, me enviou uma pergunta bem direta: “Padre, como começou esta ‘história’ de Batismo de crianças?”. E o porquê da dúvida? Ela explicou nas linhas seguintes: “No domingo de Páscoa estavam debatendo isso. Minha sobrinha de 7 anos tem o pai católico e a mãe evangélica. Na Bíblia, fala de apresentar a criança para cumprir a lei. O que é o certo?”.
Minha irmã, os evangélicos não aceitam o Batismo de crianças e justificam isso afirmando que o Batismo deve ser só para adultos, que podem afirmar a sua fé, porque só será salvo quem crer e for batizado.
Já nós, os católicos, podemos ser batizados ainda criança, a partir da fé dos nossos pais e padrinhos. A Igreja Católica explica e justifica isso ao lembrar que cabe aos pais educar os filhos na fé com a palavra e com o exemplo de vida. Além disso, já na Igreja primitiva havia batizados de crianças. Se você ler o livro dos Atos dos Apóstolos vai perceber, por exemplo, que Paulo batizou o seu carcereiro com toda a sua família.
Lembremo-nos, ainda, de que os meninos judeus são circuncidados e o próprio Jesus briga com os apóstolos que queriam impedir as crianças de se aproximar Dele. “Deixem que as crianças venham a mim. Não as atrapalhem, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas.”
E vale lembrar a cena bonita de José e Maria apresentando o Menino Jesus no templo.
Obrigado por sua pergunta, Clara. E levemos nossos recém-nascidos para ser batizados, mas com o sério compromisso de educá-los na fé, de tal modo que um dia eles renovem as promessas do Batismo que os pais e padrinhos fizeram por eles. Deus abençoe você.