Grupos de trabalho pós-sinodais recebem orientações para elaborar 12 projetos relativos à vida pastoral da Arquidiocese

Giane Falavigna

O 1º sínodo arquidiocesano chegou ao fim em março, com a publicação da Carta Pastoral do Arcebispo e das Propostas Sinodais. Agora, passa-se à etapa do pós-sínodo, em que todas as comunidades, paróquias, grupos, movimentos, pastorais e famílias estão chamadas a refletir sobre tais propostas e orientações, a fim de que se viabilizem ações concretas com vistas à comunhão, conversão e renovação missionária na Arquidiocese de São Paulo.

“As comunidades estão acolhendo a Carta Pastoral e as Propostas Sinodais, refletindo com os padres, e buscando responder novamente a esta pergunta: ‘Diante de tudo que vimos e ouvimos no sínodo, o que devemos fazer concretamente para novas práticas de vida eclesial, de vida cristã, de vida pastoral?’”, indagou o Cardeal Odilo Pedro Scherer no programa Encontro com o Pastor, da rádio 9 de Julho, em 10 de maio.

No mesmo dia, o Arcebispo Metropolitano reuniu-se pela primeira vez com os membros por ele nomeados, em 25 de abril, para os 12 grupos de trabalho pós-sinodais, os quais terão dois meses para apresentar propostas de projetos específicos com vistas a constituir ou rever instrumentos organizativos da vida pastoral da Arquidiocese (veja abaixo a relação dos GTs)

Na reunião, realizada no Centro Pastoral São José, no Belenzinho, Dom Odilo ressaltou tópicos da Carta Pastoral e das Propostas Sinodais, e recordou a urgência de que a Igreja em São Paulo seja cada vez mais missionária, com atenção aos que estão mais distantes da vida eclesial, bem como em se reafirmar o sentido cristão da família. Também externou sua preocupação com alguns indicadores levantados no sínodo, como a baixa frequência dos fiéis às missas dominicais e a diminuição da procura pelos sacramentos de iniciação à vida cristã – Batismo, primeira Comunhão e Crisma – e o Matrimônio.

Dom Odilo também destacou outras temáticas que serão refletidas nos grupos, como a necessidade de realizar de modo mais organizado as ações caritativas na Arquidiocese; de preparar os animadores da vida eclesial, incluindo a renovação de lideranças e o entrelaçamento de gerações; de atualizar a linguagem com a qual a Igreja apresenta ao mundo sua vida e missão; da reformulação da estrutura organizacional de pastoral da Arquidiocese; e do acompanhamento do exercício pastoral dos padres nas diferentes frentes de apostolado e nas paróquias.

A ATUAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO

De acordo com o Padre Tarcísio Marques Mesquita, Coordenador do Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, os trabalhos dos grupos “não partirão do zero”, já que os participantes poderão consultar bibliografias a respeito das temáticas para que possam formular suas propostas e a eles será pedido que revisem ou atualizem os planos e diretórios já existentes, a fim de aprimorá-los ou implementá-los.

Padre Tarcísio lembrou, ainda, que os grupos de trabalho não são deliberativos, pois a palavra final sobre as propostas será a do Arcebispo Metropolitano. Possivelmente, as propostas formuladas nos GTs serão colocadas para posteriores reavaliações e reformulações de texto, “isso se levarmos em consideração o que foi feito em todo o processo de escuta e proposição do sínodo”, explicou.

O cronograma de realização dos encontros de cada grupo temático será definido pelos próprios participantes e é dada a liberdade aos GTs para fazerem consultas a outras instâncias da Igreja e agentes de pastoral sobre o tema em que se debruçam. “Não será uma coisa hermética, fechada aos participantes”, assegurou Padre Tarcísio.

CONHEÇA OS GRUPOS DE TRABALHO PÓS-SINODAIS

  1. Reformulação da Estrutura Organizacional da Arquidiocese
  2. Elaboração de um Diretório de Pastoral
  3. Revisão e Adequação do Plano de Manutenção da Arquidiocese
  4. Atualização do Diretório dosSacramentos
  5. Elaboração de um Diretório Litúrgico para a Arquidiocese
  6. Elaboração de um regimento da Cúria Metropolitana
  7. Criação de um Vicariato Episcopal para a Área da Saúde
  8. Criação de um Vicariato Episcopal para a Catequese
  9. Revisão e Adequação do Diretório Arquidiocesano de Formação Presbiteral
  10. Organização do Vicariato para a Educação e a Universidade
  11. Organização do Conselho da Caridade Social
  12. Elaboração de um novo Plano de Pastoral

Algumas paróquias da Arquidiocese têm realizado encontros para refletir sobre os apontamentos da Carta Pastoral do Arcebispo e das Propostas Sinodais

Paróquia Santa Cristina – Região Ipiranga
Paróquia São João Batista – Região Ipiranga
Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Região Sé
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