Dado consta no Relatório Anual publicado pela Agência Fides
A esperança dos missionários e agentes pastorais que morrem é “uma esperança cheia de imortalidade, porque seu testemunho permanece como profecia da vitória do bem sobre o mal”.
Com esta frase do Papa Leão XIV, a Agência Fides inicia seu relatório anual, divulgado na terça-feira, 30 de dezembro, a respeito dos missionários e agentes pastorais católicos assinados em diferentes partes do mundo ao longo deste ano.
Ao todo, 17 sacerdotes, religiosas, seminaristas e leigos morreram enquanto realizavam seu serviço pastoral. O número é superior ao de 14 assassinatos registrados em 2024.
A maior quantidade de mortes se deu no continente africano – 10 casos (seis padres, dois seminaristas e dois catequistas). A Nigéria liderou os registros, seguida por Burkina Faso, Serra Leoa, Quênia e Sudão.
Nas Américas foram quatro mortes, entre essas a de duas religiosas no Haiti, onde tem se intensificado um cenário de violência e instabilidade social. Outros casos foram os assassinatos de um padre no México e de um sacerdote de origem indígena nos Estados Unidos.
A relação de 17 mortos é completada por dois padres assassinados na Ásia, um em Mianmar, outro nas Filipinas; e um na Europa, mais especificamente na Polônia.
‘ELES TESTEMUNHARAM CRISTO’
“As informações, muitas vezes escassas, sobre suas biografias e as circunstâncias de suas mortes mostram mais uma vez este ano que os missionários mortos não estavam em evidência por seus feitos espetaculares. Eles testemunharam Cristo em meio às ocupações da vida cotidiana, mesmo quando trabalhavam em contextos marcados por violência e conflito”, consta no relatório.
Um dos casos detalhados é o do seminarista nigeriano Emmanuel Alabi, que morreu após criminosos terem assaltado o seminário menor de Ivianokpodi e o levado sequestrado, bem como às religiosas Evanette Onezaire e Jeanne Voltaire, assassinadas por membros de um dos grupos armados.
Também é mencionado o caso do Padre Donald Martin, morto no conflito civil que assola Mianmar, cujo corpo foi achado pelos fiéis em sua paróquia.
A SEMENTE DE SEUS SACRIFÍCIOS BROTA E DÁ FRUTOS
Desde o ano 2000, já são 626 missionários e agentes de pastoral assassinados em todo o mundo. Em respeito à sua memória e gratidão à fidelidade que tiveram a Cristo e à Igreja mesmo diante das adversidades, a Agência Fides conclui o relatório com uma frase dita pelo Papa Francisco, em 26 de dezembro de 2023: “Esses irmãos e irmãs podem parecer fracassados, mas hoje vemos que não é esse o caso. Agora, como então, a semente de seus sacrifícios, que parece morrer, brota e dá frutos, porque por meio deles Deus continua a operar maravilhas, a transformar corações e salvar homens”.
(Com informações da Agência Fides)
