80% da população chinesa já teve COVID-19, afirma cientista

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Um turista usa uma máscara protetora em frente à loja de departamentos Galeries Lafayette, em Paris, quando o país é atingido pelo novo coronavírus, na França, em 30 de janeiro de 2020.

Cerca de 1,12 bilhão de pessoas, ou 80% da população chinesa de 1,4 bilhão, já foram contaminadas com o coronavírus. Os dados foram divulgados no sábado, 21, por Wu Zunyou, epidemiologista-chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, segundo informou a rede CNN.

Zunyou anunciou os números um dia antes das celebrações do Ano Novo Lunar, iniciadas no domingo, 22. Sua manifestação surgiu em meio ao temor pelo grande deslocamento de pessoas em todo o país em função da data especial. Como os festejos se estendem por 40 dias, a expectativa do governo é de que até 2 bilhões de viagens ocorram na China nesse período.

A emissora estatal chinesa CCTV informou que mais de 26 milhões de viagens foram registradas somente no sábado, 21. E os números não estão nem perto do que se costumava registrar antes da pandemia, uma vez que cerca de 50 milhões de deslocamentos haviam sido registrados em 2019.

Assim, as autoridades de saúde entraram em alerta para o risco de uma nova onda da doença nos meses seguintes de 2023, sobretudo no interior, para onde muitas pessoas se dirigem a fim de visitar familiares. Zunyou, porém, diz não acreditar nessa hipótese.

“Nos próximos dois a três meses, a possibilidade de uma retomada em larga escala da COVID-19 ou de uma segunda onda de infecções em todo o país é muito pequena, justamente porque o vírus já infectou cerca de 80% da população”, disse ele.

As autoridades sanitárias chinesas, no último balanço oficial sobre a doença, disseram que cerca de 60 mil pessoas morreram em razão da COVID-19 entre os dias 8 de dezembro de 2022 e 12 de janeiro deste ano. Entretanto, o governo diz que o pico do surto atual já passou e que, daqui em diante, as internações e mortes diminuirão.

Em seu mais recente balanço sobre o atual surto, porém, a empresa britânica de análise de dados de saúde, Airfinity, afirmou que os dados relatados pela China escondem a dura realidade da situação. Relatório divulgado na semana passada estima que 608 mil pessoas morreram em virtude da doença na China entre o dia 1º de dezembro de 2022 e 17 de janeiro passado.

Fonte: A Referência

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