Na Exortação “Dai vós mesmos de comer” (Mc 6,37), publicada em 21 de abril no site da Conferência Episcopal do Paraguai (CEP), o Conselho Episcopal da CEP pede que, ao lado das medidas sanitárias contra a COVID-19, o governo haja para amenizar a grave crise econômica do país em decorrência da atual pandemia do novo coronavírus.
“A propagação do coronavírus (COVID-19) em nosso país e em todo o mundo tem repercussões importante e sérias na vida de cada pessoa, na vida social e em nossa maneira de enfrentar as contingências da vida. Os esforços para aplainar a curva de difusão deste enfermidade têm tido o resultado esperado, segundo os especialistas, na contenção sanitária, mas sabemos que o plano de contenção da epidemia seguirá por muitos meses mais”, afirmam no início da Exortação os bispos paraguaios.
“As tentativas de mitigar o impacto na economia familiar e na economia nacional urgem uma resposta ponderada, ordenada e sustentável”, continua a Exortação.
A realidade da fome que muitas famílias vêm enfrentando em decorrência das medidas restritivas para impedir a proliferação da doença também foi salientada pelos bispos: “É uma realidade que a vulnerabilidade e a fragilidade de um amplo setor da população agravar-se-ão nos próximos meses e não podemos agora dimensionar seu alcance e gravidade. A fome é um clamor atual, que não podemos ignorar, enquanto discernimos os caminhos a seguir”.
A Exortação também salienta que “a solidariedade cidadã é um complemento que ajudou em parte nos lugares em que as iniciativas do Governo Nacional não puderam ajudar. A Pastoral Social Nacional e as pastorais sociais de cada dioceses estão trabalhando sem pausa com o apoio de voluntários e associações civis para levar auxílio aos nossos irmãos”.
Por fim, os bispos salientam sua disponibilidade em ajudar o governo e afirmam estar seguindo, responsavelmente, as disposições das autoridades sanitárias.
O Paraguai, até o momento, tem 213 casos de COVID-19 confirmados e 9 mortes devido à doença. A quarentena no país está decretada até o dia 26 de abril e pode ser prorrogada pelo governo.
Fontes: Conferencia Episcopal Paraguaya e La Nación