A história do Cristianismo é marcada pelo exemplo de incontáveis homens e mulheres que testemunham santidade nas mais diferentes épocas e realidades. Alguns desses santos possuem biografias peculiares, que mostram o quanto a radicalidade do Evangelho pode ser vivida até nas situações mais inusitadas.
Esse é o caso de Santa Marina, religiosa libanesa que viveu no século VI. Órfã de mãe, foi criada por seu pai, Eugênio, cristão fervoroso que, após a viuvez, sentiu o chamado de Deus para ingressar no mosteiro na região de Bitínia. Para isso, confiou sua filha aos cuidados de um parente.
Eugênio destacava-se na vida monástica por sua piedade e abnegação. No entanto, estar distante de Marina lhe causava muita tristeza. Notando isso, o abade do mosteiro lhe perguntou o motivo. O monge manifestou, então, a preocupação com seu “filho” (pois não teve coragem de confessar que, na verdade, tratava-se de uma filha), expressando o desejo de deixar o mosteiro.
O abade, contudo, estimava muito a Eugênio, e não queria que um filho fosse motivo de sua partida. Então, o superior lhe propôs que trouxesse a criança para o mosteiro. Feliz com a possibilidade, Eugênio logo tratou de buscar a filha, que, sendo uma menina de fé e devoção, não se opôs em aceitar a ideia.
O pai, então, cortou os cabelos de Marina, vestiu-a com o hábito monástico e a levou consigo, apresentando-a como “Marino”. Assim, aos 14 anos, a jovem ingressou no mosteiro e consagrou sua virgindade a Deus.
O pai educou Marina no cultivo das virtudes cristãs e na vida de oração, penitência e caridade. O resultado foi tal que os monges tinham verdadeira admiração pelo pai e pela filha.
Quando Marina tinha 17 anos, Eugênio faleceu. Mesmo assim, ela decidiu seguir sua consagração. Para isso, teve que manter o segredo sobre sua verdadeira identidade.
INJUSTIÇA
Os monges costumavam ir à cidade vizinha para vender os produtos produzidos no mosteiro. Em algumas ocasiões, passavam a noite na hospedaria de uma família conhecida.
O dono dessa hospedaria tinha uma filha que manteve um relacionamento secreto com um soldado, de quem acabou engravidando. Para proteger o namorado, a jovem acusou o monge “Marino” de ter violado sua pureza em uma das ocasiões em que se hospedou com a família.
Marina, ouvindo a acusação e podendo facilmente se defender caso revelasse que, na verdade, era uma mulher, não o fez e aceitou as consequências. O abade, surpreso e indignado, expulsou o “monge” do mosteiro e este passou a viver ao relento, pedindo esmolas e suportando as humilhações e ofensas causadas pela calúnia, unindo-os ao sacrifício de Cristo na cruz e oferecendo-os pela conversão dos pecadores.
Quando a mulher deu à luz a criança, entregou-a a “Marino” logo após o desmame, exigindo que assumisse a responsabilidade de criar o filho. Sem questionar, Marina acolheu a criança consigo e, com o pão que recebia de esmola, alimentava-a.
Após três anos de sofrimento nas ruas, Marina, já com a saúde frágil, foi acolhida novamente no mosteiro, levando consigo o menino. No entanto, foram-lhe confiadas as tarefas mais pesadas e humilhantes do local.
“Marino” aceitou tudo pacientemente e cumpria todas as obrigações impostas quando, passados poucos dias, morreu. O relato biográfico de Santa Marina, escrito pelo Padre veneziano Giovanni Battista Vianello, em 1910, destaca que o abade, diante da morte tão súbita, disse aos monges: “Vede, tão grande foi o pecado que Deus não lhe aceitou a penitência”. Por isso, ordenou que seu corpo fosse sepultado sem honras e longe do mosteiro.
A VERDADE
Ao preparem o corpo para o sepultamento, porém, descobriram que o “monge” era uma mulher. Toda a comunidade caiu em pranto diante do fato, sobretudo o abade, por ter sido injusto com ela. Na ocasião, o superior proclamou a todos que ninguém jamais havia feito tamanha penitência como aquela jovem.
O abade ordenou que o corpo da virgem fosse exposto no oratório para veneração, e rapidamente se espalhou a notícia para além da cidade. A caluniadora foi levada até o lugar e, diante do corpo de Marina, confessou a verdade, arrependeu-se e pediu perdão por seus pecados. Essa foi considerada a primeira grande graça realizada pela intercessão de Santa Marina.
A partir de então, o túmulo de Marina passou a ser venerado por fiéis que vinham de todas as partes, atraídos pela história da mulher que, com tanta humildade, suportou tamanha infâmia e fez tão dura penitência para expiar um pecado alheio.
Séculos depois, em 1230, os restos mortais de Santa Marina foram trasladados para Veneza, onde são venerados na Igreja de Santa Maria Formosa.
e aquele padre a chamou de trans?
Nada fica escondido aos olhos de Deus, dias mais dias a verdade aparecerá
Estranho demais mas essa biografia parece estar distorcida dos fatos originais. O nome dela era Célia Lúcius e foi expulsa da casa de seu pai, que se chamava Helvídio Lúcius, devido a acusações falsas. Sua mãe se chamava Alba Lucínia e não a deixou órfã. Ao sair de casa, perdida pelas ruas, alcançou uma casinha simples onde o morador conhecido como irmão Marinho a acolheu e orientou ela a seguir para o mosteiro, que ele ajudou a formar juntamente com Aufrídio Prisco, disfarçada de homem para poder ser aceita. Eufrídio adotou o nome de Pai Epifãnio mas era um homem rude e dirigia o mosteiro com seus interesses e orgulho bem distante da verdadeira essência de fraternidade e amor deixada por Jesus. Essas informações estão no livro “50 anos depois”
Hoje por Culpa da TL até os santos são questionados, mas a verdade sempre vence. Salve Cristo Rei. Salve Maria imaculada.
Fiquei fascinado pela história de Santa Marina. 1 dia ainda vou escrever sua história!
Que Santa Marina nos proteja dos caluniadores . Amém.
A inversão de valores no Brasil chegou a tal ponto que nem a verdadeira história do cristianismo o movimento LGBTQIA+ eles estão respeitando.
Amig@s, alguém sabe onde fica esta estátua de Santa Marina da foto, quero muito saber para visitar.