A fundação pontifícia ACN – Ajuda à Igreja que Sofre realiza, neste Natal, uma campanha internacional para fortalecer e dar suporte a catequistas que atuam em alguns dos contextos mais desafiadores do mundo.

A iniciativa destaca o papel decisivo desses agentes pastorais que, em locais marcados por violência, pobreza extrema, isolamento geográfico e perseguição religiosa, muitas vezes representam a única presença contínua da Igreja.
Em diversas regiões, sobretudo onde há escassez de sacerdotes ou onde conflitos dificultam a atuação missionária, os catequistas assumem responsabilidades essenciais: acompanham famílias, orientam crianças e jovens, celebram a Palavra, visitam doentes e oferecem apoio espiritual a populações feridas por guerras, deslocamentos e crises humanitárias.
“Em muitas realidades do mundo, sobretudo na África, mas também em algumas regiões do Brasil, como a Amazônia, o conceito de catequista é um pouco diferente do que estamos acostumados. Em muitos lugares o catequista é um verdadeiro líder espiritual e comunitário, muitas vezes se doando quase que integralmente a serviço da Igreja”, explica Frei Rogério, Assistente Eclesiástico da ACN Brasil.
A campanha chama atenção para situações críticas ao redor do mundo:
Burkina Faso: No país africano, ataques terroristas provocaram o esvaziamento de paróquias e o deslocamento de milhares de pessoas. Muitos catequistas continuam acompanhando suas comunidades mesmo vivendo como refugiados, em condições extremamente precárias.
Amazônia brasileira: Em comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas, catequistas percorrem longas distâncias sem meios de transporte adequados. Um casal da etnia Ticuna, que encontrou na fé um caminho de reconstrução após a perda de um filho, hoje leva a evangelização a outras famílias e busca formação e recursos para ampliar sua missão.
“Quando um catequista chega, é uma festa. A palavra que ele traz dá segurança e esperança. Eles falam a língua do povo e vivem sua realidade”, afirma Frei Germano, missionário entre os povos Ticunas.
Ásia, Oriente Médio e África Oriental: Nessas regiões, marcadas por perseguição religiosa e deslocamentos internos, catequistas são responsáveis por preservar a identidade cristã e manter vivas comunidades que perderam templos, casas e estruturas básicas.
A LUZ DO PRESÉPIO NOS LUGARES ESQUECIDOS
A ACN relaciona a campanha à espiritualidade do Natal, recordando que o nascimento de Cristo ocorreu em um ambiente simples e marcado pela fragilidade. Assim, afirma a organização, o Menino Jesus continua a nascer hoje nos lugares onde catequistas mantêm viva a fé em meio a cenários de abandono ou violência.
“Histórias da Amazônia, de campos de refugiados na África e de comunidades perseguidas na Ásia ilustram o papel desses agentes pastorais como ‘estrelas de Belém do nosso tempo’, guiando povos inteiros até a esperança”, diz Frei Rogério.
A iniciativa busca garantir a formação continuada de catequistas; o apoio espiritual e pastoral a comunidades isoladas; os materiais educativos e catequéticos; a manutenção de pequenas capelas e estruturas missionárias; e os meios de transporte para alcançar regiões remotas.
A ACN reforça que o trabalho dos catequistas, embora frequentemente anônimo, é fundamental para a sobrevivência da fé em muitas partes do mundo.
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Fonte: ACN Brasil






