Arquidiocese de Tóquio pede que visitantes não vão às igrejas durante os Jogos Olímpicos

Megaevento esportivo na capital japonesa acontece em meio à pandemia de COVID-19.

Catedral de Santa Maria, da Arquidiocese de Tóquio

Havia menos de mil pessoas na cerimônia de abertura, na sexta-feira, 23. Entre os espectadores estavam o imperador japonês Naruhito e o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, que usavam máscaras.

Na atual edição, existem mais de 11,3 mil atletas, de 207 nações, competindo em 33 esportes.

Os jogos estão sendo realizados em um país no qual apenas um terço das pessoas recebeu uma dose da vacina e seus organizadores estão enfrentando uma escassez de kits de teste COVID-19 necessários para seu programa diário de testagem.

O Japão declarou estado de emergência por causa da pandemia de COVID-19, pois os casos de coronavírus em Tóquio e arredores atingiram o nível máximo em seis meses.

Paróquias

“Todos aqueles que vierem para a área metropolitana de Tóquio durante este período receberão informações sobre as medidas cautelares implementadas contra a infecção por COVID-19 nas paróquias e serão solicitados a se abster de visitar igrejas”, disse Dom Tarcísio Isao Kikuchi, Arcebispo de Tóquio, em uma carta divulgada poucos dias antes da abertura dos jogos.

“Vamos ter em mente que é um dever importante para nós proteger não apenas nossas próprias vidas, mas também todos aqueles que receberam o dom da vida de Deus. Além disso, ao tomarmos as medidas adequadas contra a infecção por COVID-19, façamos o nosso melhor para responder às preocupações dos necessitados”, escreveu ele.

A Arquidiocese de Tóquio realizará transmissões ao vivo de missas dominicais e outros vídeos devocionais para atletas católicos em vários idiomas.

Francisco

Apesar das restrições sob as quais as Olimpíadas estão sendo realizadas, o Papa Francisco sublinhou repetidamente o potencial educacional do esporte para os jovens.

O Papa, no início deste ano, em uma entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, observou: “A vitória dá uma emoção que é difícil descrever, mas também há algo maravilhoso na derrota. (…) Vitórias maravilhosas podem nascer de certas derrotas porque você desencadeia o desejo de redenção após identificar o erro. Eu acrescentaria ainda que os vencedores não sabem o que estão perdendo”.

Ele lembrou aos atletas que o esporte é “uma linguagem universal que pode superar as diferenças culturais, sociais, religiosas e físicas, e pode unir as pessoas, tornando-as participantes do mesmo jogo e, juntas, protagonistas de vitórias e derrotas”.

O Papa Francisco também expressou repetidas vezes o seu apreço pela dimensão amadora e comunitária do esporte, por sua função social e para “mostrar até onde se pode chegar com o esforço da formação, que envolve grande empenho e também sacrifícios”.

Ele destacou que hoje, mais do que nunca, o desafio é não apenas conquistar a medalha de ouro – sonho e objetivo de todo atleta olímpico -, mas conquistar, todos juntos, a medalha da fraternidade humana.

Fonte: Agência Ecclesia

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