COP27: Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo estabelecem pacto para a preservação de florestas

Os três países com as maiores florestas tropicais do mundo – Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo – firmaram uma aliança estratégica na segunda-feira, 14, durante a COP27, a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), no Egito. 

O documento foi assinado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), embora o presidente não tenha ido ao encontro, que contou com a participação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

A ideia do acordo é que os três países – detentores de 52% das florestas tropicais remanescentes do mundo – coordenem as negociações sobre clima e biodiversidade da ONU, relacionadas às florestas tropicais, com foco em finanças, gestão sustentável e restauração. 

A nova aliança promete dar prioridade a um mecanismo de pagamentos baseado em resultados para reduzir o desmatamento e manter as florestas de pé. 

DIRETRIZES 

No sábado, 12, Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente e integrante da equipe de transição do presidente eleito, afirmou na COP27 que o Brasil protegerá a Amazônia com seus próprios meios e não vai condicioná-la à chegada de recursos internacionais. Ela insistiu na criação de um superórgão nacional que coordene a ação climática entre os diferentes ministérios. 

“É algo inovador, e eu diria que é uma potente iniciativa”, afirmou ela, ressaltando que “o Brasil volta ao protagonismo ambiental no espaço multilateral”. 

DISCURSO 

Em seu primeiro discurso internacional desde a eleição, Lula (PT) cobrou na COP27, na quarta-feira, 16, uma “nova governança global” e mais relações multilaterais para combater a crise climática. O presidente eleito enfatizou que o tema terá papel de destaque no seu governo. 

O assunto “terá o mais alto perfil na estrutura do meu governo […], pois “não há segurança climática para o mundo sem a Amazônia protegida”, disse ele. 

Para Lula, “precisamos de mais empatia e mais confiança entre os povos”. “Superar e ir além dos interesses nacionais imediatos, para ser capazes de tecer coletivamente uma nova ordem internacional que reflita necessidades para o presente e futuro”, afirmou. 

O discurso ocorreu após Lula anunciar, em evento com governadores da Amazônia Legal, que pedirá à ONU para que o Brasil seja o anfitrião da COP em 2025. 

Fontes: UOL e IstoÉ 

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