Coreia de Sul: Presidente quer criar ministério para estimular a taxa de natalidade da população

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Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, afirmou na quinta-feira, 9, que pretende criar um ministério para reverter a queda na taxa de natalidade no país, ameaçado por uma crise demográfica.

“Peço a cooperação do Parlamento para revisar a organização do governo e criar um Ministério do Planejamento contra a baixa taxa de natalidade”, declarou em um discurso à nação.

O governo investiu bilhões de dólares para incentivar o aumento da taxa de natalidade, porém em 2023 o país registrou apenas 230 mil nascimentos, o menor número desde o início da série estatística em 1970.

A taxa de fecundidade – número de filhos por mulher – caiu para 0,72, longe dos 2,1 necessários para manter a população atual de 51 milhões de habitantes.

O resultado deixa a Coreia do Sul como o país com a menor taxa de fecundidade da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e também como a nação em que as mulheres têm o primeiro filho mais tarde, com 33,6 anos em média.

A baixa taxa de natalidade combinada com a longa expectativa de vida dos sul-coreanos, uma das mais elevadas do mundo, gera uma ameaça de crise demográfica no país, cuja população abriga 11,3% de católicos.

Na sexta-feira, 10, em Roma, o Papa Francisco falava aos participantes da quarta edição do encontro “O estado geral da natalidade”, promovido pelo Fórum de Associações Familiares da Itália e cujo tema deste ano é “Mais Jovens, Mais Futuro”.

“O problema do nosso mundo não são as crianças que nascem; é o egoísmo, o consumismo e o individualismo que torna as pessoas solitárias e infelizes”, afirmou o Pontífice.

A Itália, assim como muitos países da Europa Ocidental, também vem enfrentando uma crise demográfica aguda nos últimos anos: os nascimentos em solo italiano caíram para um mínimo histórico em 2023. O escritório nacional de estatísticas de Itália registrou 379 mil nascimentos no ano passado, uma queda de 3,6% em relação a 2022 e de 34,2% em relação a 2008.

“Importante reunir-se e trabalhar em conjunto para promover as taxas de natalidade com realismo, visão e coragem. O número de nascimentos é o primeiro indicador da esperança de um povo. Sem crianças e jovens, um país perde o desejo pelo futuro”, disse Francisco.

Fontes: G1 e ACI Digital

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