Detenção arbitrária do Bispo de Xinxiang completa 1 ano

Dom Joseph Zhang Weizhu, Bispo de Xinxiang (Henan), na China, completa um ano detido, sem nenhuma acusação formal. Ele cometeu um “pecado” imperdoável para o governo comunista do país asiático: não aderiu à Igreja Patriótica Chinesa e, seguindo seu exemplo, vários de seus sacerdotes fizeram o mesmo. 

Reprodução da Internet

Em 21 de maio do ano passado, logo após ter passado por uma cirurgia para tratamento de câncer, o Prelado foi detido em uma grande operação policial da qual participaram cem policiais de Cangzhou, Hejian e Shaheqiao. 

Com Dom Joseph, alguns padres e seminaristas também foram detidos. Estes últimos foram autorizados a voltar a suas casas, porém proibidos de retomar seus estudos teológicos. Os sacerdotes libertados foram submetidos a algumas “sessões políticas”. As autoridades chinesas estão desrespeitando sua própria lei, que proíbe manter presa, por mais de três meses, uma pessoa sem acusação. 

O Bispo não pôde ir para casa durante o Ano Novo Lunar (que neste ano caiu em 1o de fevereiro), o que é uma ocorrência frequente. Apenas dois membros de sua família puderam visitá-lo nessa ocasião, por alguns minutos e na presença de um funcionário. Os fiéis expressam preocupação pela sua saúde física e psíquica.

De acordo com os regulamentos mais recentes sobre atividades religiosas, ritos e escolas, inclusive as de Teologia, só são permitidos em locais registrados e controlados pelo governo; os “religiosos” só podem exercer suas funções se aderirem à Igreja “independente” e se submeterem ao Partido Comunista.

Até agora, não se conhece nenhum pronunciamento do Vaticano sobre essa detenção arbitrária. A renovação do acordo sino-vaticano está pendente para outubro, que, embora desconhecido, recebe inúmeras críticas, entre outros motivos, por não impedir esse tipo de abuso. 

Fonte: Infocatolica 

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