Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos

ACN

O Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos teve início em 2015 e, desde então, ocorre anualmente no começo de agosto, em referência à noite de 6 de agosto de 2014, quando cerca de 100 mil cristãos tiveram de abandonar suas casas na Planície de Nínive, no Iraque, expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico. Eles fugiram a pé, somente com as roupas do corpo, sem água, comida, medicamentos e sem um lugar para ficar. Assim que recebeu as primeiras informações na manhã do dia 7, a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) mobilizou os benfeitores e iniciou campanhas e projetos para socorrer material e espiritualmente os perseguidos e refugiados.

Com esta iniciativa da ACN e o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as pessoas no Brasil passaram a ter mais informações sobre cristãos perseguidos e souberam que, em determinadas partes do mundo, uma pessoa pode morrer simplesmente por usar um crucifixo no pescoço. Os católicos passaram a rezar por esses cristãos, onde quer que eles estejam.

Após algumas edições do Dia de Oração na intenção dos cristãos iraquianos, os sinais de esperança começaram a aparecer: em 2014, a estimativa era de que os cristãos no Iraque iriam se extinguir, mas hoje a Planície de Nínive está pacificada e os cristãos têm retornado e reconstruído seus lares; também aconteceram várias histórias como o retorno da menina Cristina que, com apenas 3 anos de idade, havia sido sequestrada pelos terroristas do Estado Islâmico em agosto de 2014 e foi devolvida à família em junho de 2017. Por outro lado, o Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos ainda se faz muito necessário, pois em muitas regiões do mundo a perseguição aos cristãos tem aumentado.

O tempo de maior perseguição aos cristãos em toda a história

Atualmente, a perseguição religiosa está presente em muitos países e diversos continentes. A gravidade dos crimes cometidos e seu impacto é ainda pior nos dias de hoje, conforme conclui o relatório “Perseguidos mas não esquecidos”, editado pela ACN.

Além dos ataques realizados por extremistas islâmicos no Iraque, Sí- ria e Egito, existe o massacre imposto pelo Boko Haram, na Nigéria; a perseguição crescente em vários países muçulmanos e estados autoritários, como na Eritreia. Na China, o presidente descreveu o Cristianismo como “uma infiltração estrangeira”, proibindo árvores de Natal e cartões de boas festas; e padres são detidos rotineiramente. Na Coreia do Norte, a intolerância aos cristãos resulta em castigos extremos e cruéis, como passar fome à força, aborto e relatos de fiéis pendurados em cruzes sobre o fogo ou esmagados por um rolo compressor.

Perseguição se expande entre os continentes

E a perseguição aos cristãos infelizmente continua se expandindo para mais países, sobretudo no continente africano. Os cristãos na Nigéria, o país mais populoso da África, sofrem uma perseguição genocida que inclui ainda o sequestro de meninas, que são escravizadas e submetidas a incontáveis horrores. Ser sacerdote na Nigéria também se tornou um grande perigo: apenas no último ano, 28 presbíteros foram sequestrados no país.

No Oriente Médio, a migração contínua aprofundou a crise, ameaçando a sobrevivência de três das mais antigas e importantes comunidades cristãs do mundo, localizadas no Iraque, na Síria e na Palestina.

O autoritarismo estatal e o nacionalismo religioso na Ásia oprimem ainda mais os cristãos em Mianmar, China, Vietnã, Coreia do Norte, Índia e Paquistão. Em muitos países, como no Afeganistão, praticamente não há mais cristãos.

No “Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo”, realizado pela ACN e divulgado recentemente, a perseguição por motivos de fé piorou de forma geral:

  • Em 61 dos 196 países analisados, o direito humano à liberdade de pensamento, consciência e religião é violado;
  • Em 49 países é o próprio governo que persegue ou mesmo assassina seus cidadãos por motivos religiosos;
  • Cerca de 4,9 bilhões de pessoas (65,5% da população mundial) vivem em nações com violações graves ou gravíssimas da liberdade religiosa.

A ACN, que socorre os cristãos em mais de 130 países, está em estreito contato com as comunidades mais perseguidas. Isso nos permite afirmar que o primeiro pedido de ajuda é sempre o mesmo: “Rezem por nós!”.

PARA CONHECER E COLABORAR COM A ACN, ACESSE:

https://www.acn.org.br/doacao

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