EUA: Abortos diminuem quase 30% na Flórida após mudanças na legislação

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Segundo dados da Agência para a Administração dos Cuidados de Saúde (AHCA, na sigla em inglês), os abortos no estado da Flórida diminu­íram 28% em 2024.

Essa diminuição se deve, em princípio, à mudança ocorrida em abril passado nas leis relativas à in­terrupção voluntária da gravidez neste estado, pela qual o limite do número de semanas permitidas para o aborto foi reduzido de 15 para seis semanas. Assim, a Flórida se tornou um dos estados mais restritivos em termos legais.

Foi o governador Ron DeSantis quem sancionou essa lei, chamando o aborto de “crime de terceiro grau”.

O efeito que medidas legais libe­ralizantes ou restritivas têm sobre certos comportamentos é bem co­nhecido. A legalização da eutanásia ou a permissividade do aborto pro­voca um aumento de suas práticas, tanto pela facilidade de acesso a elas quanto pelo efeito “moralizante” na consciência dos cidadãos. Podem confundir o que é legal com o que é eticamente permissível, circuns­tâncias que nem sempre coincidem.

Nesse caso, observa-se o fenômeno oposto: um aumento nas restrições à prática facilitou o nascimento de mais de 20 mil crianças na Flórida em 2024, em comparação com as nascidas em 2023. O exercício da li­berdade individual deve ser restrin­gido quando suas consequências re­sultem em danos a terceiros (aborto) ou a si mesmo (eutanásia). O respeito à vida humana justifica essas restri­ções, que permitem que os bebês nascidos graças a elas também exer­çam seus direitos.

Fonte: Zenit News

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