Depois de um processo de quatro anos em que se defendeu de três acusações judiciais por crimes de ódio, pelas quais foi condenada a seis anos de prisão, e de dois julgamentos, a deputada finlandesa Pïvi Räsänen foi absolvida pelo Tribunal de Apelações de Helsinque, informa a ADF International, associação de defesa jurídica da liberdade religiosa.
“Estou profundamente aliviada. O Tribunal manteve e confirmou totalmente a decisão do Tribunal Distrital, que reconheceu o direito de todos à liberdade de expressão”, disse Pïvi.
“Não é um crime tuitar um versículo da Bíblia ou participar de um discurso público com uma perspectiva cristã. As tentativas feitas para me processar por expressar as minhas crenças resultaram em quatro anos extremamente difíceis, mas a minha esperança é que o resultado sirva como um precedente fundamental para proteger o direito humano à liberdade de expressão. Espero sinceramente que outras pessoas inocentes sejam poupadas da mesma experiência terrível, simplesmente por expressarem as suas convicções”.
Pïvi foi membro do Parlamento finlandês desde 1995, liderou o Partido Democrata Cristão entre 2004 e 2015 e foi ministra do Interior do país.
Em 17 de junho de 2019, ela publicou no Twitter uma mensagem criticando a Igreja Luterana da Finlândia por patrocinar os eventos da Semana do Orgulho LGBT no país.
“Como a doutrina da Igreja se encaixa no fato de levantar a questão da vergonha e do pecado no Orgulho?”, era o tuíte, ilustrado por uma imagem dos versículos 24 a 27 do capítulo 1 da Epístola de São Paulo aos Romanos, o que motivou a abertura do processo judicial contra ela, cuja sentença foi publicada na terça-feira, 14, com o resultado da absolvição e da condenação da procuradoria-geral ao pagamento dos custos legais.
Fonte: ACI Digital