Na Filipinas, Igreja realiza encontro sobre redes sociais

Site Eglises d’Asie

A Igreja nas Filipinas organizou um encontro de dois dias dedicado às redes sociais, com o objetivo de enco­rajar os fiéis a usá-las como ferramen­tas de evangelização em um mundo cada vez mais digital. A 12ª Cúpula Católica de Mídia Social aconteceu na Universidade do Sagrado Cora­ção-Ateneu de Cebu, em Mandaue, Província de Cebu.

Os organizadores propuseram o tema “Criar, colaborar, estar em co­munhão”: “Quando dois ou mais esti­verem reunidos em meu nome, esta­rei no meio deles” (Mt 18,30).

Durante a missa de abertura do evento, Dom José Palma, Arcebispo de Cebu, afirmou que os comunica­dores católicos devem se esforçar para seguir Cristo e refletir sua Palavra. “Nossas palavras devem imitar a Pa­lavra Divina”, enfatizou.

O Arcebispo também insistiu na importância de comunicar a verdade. A comunicação eficaz requer não ape­nas a palavra justa, mas também uma escuta ativa. “Somente quem conhece o silêncio pode experimentar a fecun­didade de suas ações como comunica­dores”, frisou Dom José Palma.

O evento contou com a participa­ção de comunicadores e profissionais de mídia social de diferentes dioceses, congregações e organizações locais. Dom Midyphil Billones, Bispo Auxi­liar de Cebu, alertou particularmen­te contra o sentimento de frustração ou desânimo pela falta de “curtidas”, “compartilhamentos”, “visualizações” ou “retuítes” nas diferentes redes.

Ele pediu que as pessoas não fi­quem obcecadas com o chamado sistema de “seguidores” nas redes sociais. Segundo ele, os números não contam, “desde que você os incentive a encontrar força na fé”.

“Na comunidade católica on-line, isso é suficiente, uma vez que você cumpre seu dever. Mesmo que seus ‘seguidores’ sejam muito menos nu­merosos, mas que sejam conduzi­dos a Cristo, é muito melhor do que um milhão de ‘seguidores’ que estão longe do Senhor”, sublinhou Dom Billones, acrescentando que os meios digitais podem ser “distorcidos e ma­nipulados”, contudo, podem se tornar boas oportunidades de evangelização e transformação.

“Reconhecemos os limites e as vulnerabilidades, mas não podemos negar as potencialidades e possibili­dades”, afirmou, convidando as pes­soas a aprenderem “a arte de cons­truir pontes”. “Há almas que estão à espera de uma mão amiga. Há almas sedentas que precisam ser esclareci­das e corações que aspiram conexões enriquecedoras e verdadeiras. Nós podemos contribuir com alguma coi­sa”, concluiu o Prelado.

Fonte: Gaudium Press

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