Contribuir para a formação dos jovens, por meio de uma educação de qualidade que lhes proporcione igualdade de oportunidades com outros jovens das cidades: este é o objetivo da Escola dos Missionários da Consolata (IMC), inaugurada em setembro em Beandrarezona, em Madagascar. “A escola é um excelente instrumento de evangelização em muitos aspectos. Embora muitos jovens não tenham um interesse particular na religião, a escola permite-lhes descobrir a mensagem do Evangelho e chegar às suas famílias”, explica o Padre Jean Tuluba, IMC, clérigo congolês responsável pela missão.
“Depois de entrar em contato com a realidade local, descobrimos que em Beandrarezona, que é o centro da missão, e nas outras aldeias, existem escolas privadas e públicas: creches e escolas primárias, mas não há escolas secundárias ou colégios”, continua ele. Daí a necessidade de construir uma escola secundária, porque os jovens dali e de outras aldeias vizinhas são obrigados a deixar as suas famílias depois de finalizar a escola primária para continuar os seus estudos na cidade, o que tem um considerável impacto econômico e, como resultado, muitos deles abandonam a escola para trabalhar no campo.”
“Entre os primeiros 30 alunos, uma boa porcentagem vem de outras confissões religiosas. A escola também se torna um canal de diálogo com outras religiões, por meio da educação que damos aos seus filhos, pois, desde o início, essas outras confissões confiaram em nós, enviando as suas crianças para estudar”, enfatiza o Sacerdote.
A missão se estende por três municípios rurais e tem mais de 80 aldeias, das quais apenas 12 abrigam comunidades cristãs. Os maiores desafios são as grandes distâncias e a falta de transporte, o que muitas vezes obriga os missionários a caminhar cerca de 14 horas para chegar às comunidades.
As principais atividades da missão são as visitas comunitárias, a catequese sacramental, a formação de catequistas, a animação missionária e vocacional e a formação de jovens e crianças.
Fonte: Agência Fides