As Missionárias da Caridade expulsas pelo regime do presidente Daniel Ortega, da Nicarágua, estariam considerando abrir uma missão na Costa Rica para ajudar pessoas em situação de rua e famílias necessitadas.
Elas foram acolhidas por Dom Eugenio Salazar Mora, Bispo da Diocese de Tilarán-Libéria, e seria nesta jurisdição que as monjas desenvolveriam esse apostolado. Com 18 integrantes, o grupo das religiosas é composto por duas mexicanas, uma espanhola, duas guatemaltecas, uma equatoriana, uma vietnamita, duas filipinas, duas nicaraguenses e sete indianas. “Quando as religiosas foram expulsas da Nicarágua, perderam todos os seus bens e nós as recebemos na fronteira. Então, propus-lhes a criação de uma fundação, em Cañas, um assunto que interessou a elas”, expressou o Bispo sobre a possível missão.
“Após as negociações, temos um projeto, já discutido; mas, ainda assim, não assinamos o respectivo contrato. Rezemos para que se concretize”, acrescentou Dom Eugenio.
Quando o Prelado recebeu as religiosas expulsas, ajoelhou-se diante da superiora, ouviu o drama pelo qual passaram e confirmou que, se fosse por elas, teriam ficado na Nicarágua, na cidade que amam.
“Não vejo culpa nelas”, destacou na ocasião o Bispo de Tilarán-Libéria. “São apenas mulheres, esposas consagradas de Jesus Cristo, que só pretendem servir aos pobres, fazem muitas coisas que muitos outros não fazem. Porém, essa é a vida do cristão; a visão do martírio também faz parte da espiritualidade cristã”, destacou Dom Eugenio, que também afirmou que a Diocese estava honrada por recebê-las e tê-las consigo.
Fonte: ACI Prensa