Na Polônia, prefeitura de Varsóvia proíbe uso de símbolos religiosos em locais públicos

Reprodução da Internet/Brasil sem Medo

Rafał Trzaskowski, prefeito de Varsóvia, capital da Polônia, assinou um decreto proibindo a exibição de símbolos associados a qualquer religião nos espaços públicos da cidade. Ele citou a Lei sobre Garantias da Liberdade de Consciência e de Religião: “A República da Polônia é um Estado laico, neutro em matéria de religião e crenças”.

Esta obrigatoriedade aplicar-se-á a todas as instalações na capital, mas os funcionários poderão usar símbolos religiosos individualmente, como medalhas, crucifixos ou pulseiras.

Segundo a imprensa local, “todos os eventos organizados pelo governo devem ter um caráter secular – sem oração, culto ou pregação”. Monika Beuth, porta-voz da prefeitura, declarou que as mudanças são “mais um passo na construção de uma cidade que se preocupa com todos os seus moradores. Varsóvia é a primeira cidade da Polônia a adotar tal documento”, enfatizou.

No entanto, muitos cidadãos e políticos poloneses estão indignados: “A cruz não ofende ninguém. O Cristianismo é o fundamento da civilização ocidental. O catolicismo está inseparavelmente ligado à cultura e à identidade polonesas. Isso é óbvio”, escreveu Tobiasz Bocheński, ex-candidato à prefeitura de Varsóvia. “O prefeito de Varsóvia, fingindo lutar pela igualdade, entra em guerra ideológica em nome do fanatismo esquerdista. É uma pena que ele não tenha tido a coragem, durante a campanha para o governo local, de fazer uma promessa de jogar fora as cruzes dos locais de trabalho”, acrescentou.

Michał Dworczyk e Janusz Kowalski, outros dois políticos, organizaram uma reunião sobre este assunto: “Em nossa opinião, o prefeito violou diretamente o artigo 53 da Constituição, que afirma que a liberdade religiosa inclui o direito de professar ou adotar uma religião de sua própria escolha e de manifestá-la individualmente ou com outros, em público ou em particular. Portanto, vamos pedir ao governador que revogue essa portaria, e se isso não acontecer, tomaremos outras medidas legais para que este decreto seja abolido”.

Fonte: Gaudium Press

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