Neste sábado, 14, é celebrado Dia Mundial do Diabetes, data instituída para conscientizar sobre a doença que é caracterizada pela ausência ou resistência à ação da insulina (hormônio que garante o aproveitamento da glicose como energia para o corpo humano).
O Atlas da Diabetes promovido pela International Diabetes Federation (IDF), de 2019, revelou que um em cada 11 pessoas, entre 20 e 79 anos têm diabetes, totalizando 463 milhões de casos em âmbito mundial, e previu que um aumento de 51% dos casos até 2045, quando estima-se que 700 milhões de pessoas terão a patologia.
Ao todo, segundo o estudo, 50% (235 milhões) dos diabéticos ainda não foram diagnosticados.
NO BRASIL
No território nacional, os números também são bastante expressivos: o Brasil é o 5o no mundo em número de casos, somando 16,8 milhões (entre pessoas com 20 e 79 anos). Na prática, um em cada nove pessoas possui a doença.
Destes, 95 mil, entre 0 e 19 anos, possuem o diabetes tipo 1 (em sua forma crônica, quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina).
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TIPOS E CARACTERÍSTICAS
A patologia pode ser diagnosticada nas formas 1, 2, gestacional e pré-diabetes.
O tipo 1 ocorre quando sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta, fazendo com que pouca ou nenhuma insulina seja liberada para o corpo. Com isto, a glicose fica no sangue e não se transforma em energia.
Geralmente, seu diagnóstico ocorre ainda nas fases da infância ou adolescência, mas pode acontecer também já em idade adulta. É tratado com a aplicação de insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas.
O tipo 2 acontece quando o organismo não consegue utilizar a insulina que produz de forma adequada, provocando uma produção inferior ao que seria suficiente para controla a taxa de glicemia.
Essa categoria atinge 90% dos diabéticos e é mais comum em adultos. Nos casos de menor gravidade, pode ser tratado apenas com atividade física e alimentação regulada. Quando mais complexo, é necessário a aplicação de insulina ou outros medicamentos para controlar a glicose.
A diabetes gestacional ocorre durante a gravidez, quando a mulher desenvolve uma quantidade maior que o normal de açúcar no sangue e o corpo não é capaz de fabricar a insulina em quantidade suficiente. Em grande parte dos casos, a condição é normalizada com o fim da gestação.
A doença é mais comum em mulheres que apresentem os seguintes fatores de risco: idade mais avançada, ganho de peso excessivo durante a gestação, sobrepeso ou obesidade, síndrome dos ovários policísticos (aumento no tamanho dos ovários, com pequenos cistos na parte externa deles), histórico familiar de diabetes em parentes de 1º grau (pais e irmãos) e na mãe da gestante, hipertensão arterial na gestação e gestação múltipla (gravidez de gêmeos).
O pré-diabetes representa um estado de risco para o surgimento da doença do tipo 2. Comum em pessoas com níveis elevados de glicose (açúcar no sangue), obesidade e histórico familiar da doença.
ATENTE-SE AOS SINAIS
Essa patologia possui sintomas bastante característicos, os mais comuns são:
- Sede excessiva
- Rápida perda de peso
- Fome exagerada
- Cansaço inexplicável
- Muita vontade de urinar
- Má cicatrização
- Visão embaçada
- Falta de interesse e de concentração
- Vômitos e dores estomacais, frequentemente diagnosticados como gripe.
RODA AZUL
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) lançou no início desse mês, o “Diabetes Play”, primeira plataforma streaming de formação e entretenimento sobre a doença.
Na segunda-feira, 9, aconteceu a estreia da “Roda Azul – da infância à terceira idade”, o primeiro programa de entrevistas exclusivamente destinado a tratar desta patologia, com apresentação da atriz e ativista da SBD, Simone Soares. O tema abordado foi “Ciclos de vida e diabetes”.
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