A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 chega ao penúltimo dia, no sábado, 5, com a peregrinação de jovens de todo o mundo até o Campo da Graça, no Parque do Tejo, onde participarão nesta noite (16h45 no horário de Brasília), da Vigília, e no domingo, 6, da missa de envio (5h no horário de Brasília).
Neste caminho, muitos carregam as lembranças do que já vivenciaram nesta JMJ. E um dos momentos mais emocionantes foi, certamente, a Via Sacra realizada na sexta-feira, 4, no Parque Eduardo VII, na Colina do Encontro, reunindo cerca de 800 mil pessoas, conforme informações dos organizadores da JMJ.
“Vocês vão caminhar com Jesus hoje. Jesus é o Caminho e nós vamos caminhar com Ele, porque Ele caminhou”, disse o Papa Francisco aos jovens antes do início das 14 estações da Via Sacra, nas quais se refletiram sobre temas que afetam a juventude, como a saúde mental, violência, solidão e intolerância.
As estações foram encenadas em um percurso vertical da cruz, em meio aos andaimes que formavam o palco, alternando vídeos e os testemunhos de alguns jovens. E foi um momento marcante, conforme relataram ao O SÃO PAULO, os peregrinos que viram tudo presencialmente no Parque Eduardo VII.
Mariana Carvalho: ‘Foi um momento surreal’
“A Via Sacra hoje foi um momento surreal. Muito, muito, muito ungido mesmo! Fique super-emocionada do começo ao fim. Senti a presença de Deus por meio do olhar dos outros peregrinos que estavam do meu lado, pelos testemunhos que foram dados. E o que é mais incrível que a gente vivencia aqui na JMJ, e foi assim também na meditação da Via-Sacra, é que, apesar de diferentes idiomas, todos nós falamos a mesma língua, o mesmo idioma do amor de Cristo. Às vezes, a gente escuta alguém rezando em outra língua e mesmo sem entender todas as palavras, conseguimos captar a essência daquilo que Jesus está falando aos corações” – disse a jovem que integra a Comunidade Canto de Maria, da Basílica Menor de Sant’Ana.
Fernando Frank: ‘Nos fez meditar a verdadeira proximidade de Cristo‘
“Eu destaco a profundidade das reflexões acerca da meditação de fatos relacionados à Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, todos eles intimamente ligados à vida prática e contemporânea dos jovens. Ao meditarmos no sofrimento de Nosso Jesus Cristo, a oração proposta nos fez meditar a verdadeira proximidade de Cristo com temas caros na nossa vida, tornando o Evangelho uma palavra viva e transformadora de nossa realidade. Depois da Via Sacra, durante a saída do evento, o intercâmbio com jovens de diversos outros países também foi um momento marcante” – testemunhou o integrante do grupo Divino Coração, da Paróquia Nossa Senhora do Brasil, na Região Sé.
Dom Jorge Pierozan: ‘Foi um momento de oração profunda’
“No quarto dia,aqui em Lisboa, na Colina do Encontro, participei da Via Sacra com o Papa Francisco e perto de um milhão de jovens.Foi um momento de oração profunda, fé aflorada pelas performances dos jovens, pelas orações proferidas por representantes de diversos países, pelas canções belíssimas, pelo silêncio que o Papa nos pediu… Um milhão em silêncio! Um silêncio que fala, que reza, que comove, que desafia” – disse o Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana.
Padre João Paulo Rizek: ‘Não era possível se locomover tamanha a quantidade de pessoas’
“O evento juntou grande quantidade de peregrinos e portugueses de modo que desde o monumento ao Marques de Pombal até o palco (distando 1,5 km), pelas ruas e avenidas laterais, não era possível se locomover tamanha quantidade de pessoas. Ressalta-se que devido ao horário de verão nas Europa, o sol estava inclemente, mas isso não impediu Jovens de todas as nações a acompanhar a cabeça visível da Igreja de Deus pelos muitos telões instalados no local. Um policial de Lisboa elogiou os jovens dizendo ‘é uma malta muito pacifica, saem sem deixar nem papéis no chão’. O evento começou pontualmente às 18h e estendeu-se por uma hora e meia alternando leituras e cantos polifônicos sacros. Após a última estação, a multidão rompeu em aplausos . ‘Tive a impressão ser um calor humano muito grande. Um espetáculo grandioso e muito involvent’, me disse Dulce Vidigal, habitante de Sintra” – contou o Padre, que é Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Arapuá, na Região Ipiranga.
