Peregrinos de todo o mundo estão a caminho de Lisboa para a JMJ 2023

Arquidiocese de Tirana-Durres

Jovens dos cinco continentes vivem praparativos finais para a ida à Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, Portugal. A seguir, conheça alguns dos grupos.

ALBÂNIA

Um grupo de 180 peregrinos albaneses vai participar da JMJ Lisboa 2023, superando dificuldades econômicas, depois de um “grande esforço de preparação”, disse o Padre Matteo Mussi. “Só uma forte determinação espiritual sustenta o grande esforço de preparação, inclusive econômico, em face da realidade do país”, realçou o responsável.

O Sacerdote italiano, que acompanha a comunidade católica na Arquidiocese de Tirana-Durres, informou que os jovens são provenientes de seis dioceses albanesas e são acompanhados por dois bispos, Dom Arjan Dodaj e Dom Gjergj Meta.

“A maioria dos jovens poderá estar presente porque são ajudados por fundos de caridade nacionais e internacionais. Para outros, foi providencial a ajuda de algumas famílias italianas que os adotaram, a distância”, afirmou o Padre.

“Providencialmente, teremos aloja- mento em Lisboa. Providencialmente, a companhia aérea estatal disponibilizou um voo completo para nós. Ao trabalhar nesta preparação, percebemos quão numerosas são as grandes e pequenas bênçãos da assistência de Deus”, indicou.

A Albânia é “um país extremamente jovem e com uma grande vitalidade”, com um ambiente social “complexo e multirreligioso”, assinalou o Presbítero.

“É um lugar onde a fé foi sufocada por décadas, mas permaneceu genuína. É um país em que a catolicidade ainda não reen- controu sua vocação para uma nova sociabilidade. Na minha opinião, a juventude albanesa precisa de oportunidades que permitam respirar a universalidade da fé”, sustentou o Padre.

CHINA

“É um presente de Deus este maravilhoso programa ‘sem hora marcada’. O que mais poderíamos esperar do que começar a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa?! É uma honra imensa e uma surpresa maravilhosa”. Essas foram as palavras dirigidas pessoalmente aos jovens peregrinos chineses na quinta-feira, 21, por Dom Samuele Sangalli, Subsecretário do Dicastério para a Evangelização, em nome do Prefeito, Cardeal Luis Antonio Gokim Tagle, em frente ao edifício sede do Dicastério, em Roma.

Os jovens ouviram com emoção as saudações dirigidas a eles pelo Prelado, que expressou em palavras simples sua alegria por este encontro inesperado entre irmãos na fé, que aconteceu em um lugar cheio de sinais e ressonâncias da preocupação amorosa da Igreja de Roma pelos católicos chineses.

Todos os peregrinos, provenientes de diversas províncias da China continental, receberam como presente o Rosário missionário, entregue a eles na sede histórica da Congregação de Propaganda Fide, que havia enviado missionários como Matteo Ricci e o Padre Teodorico Pedrini à China. Todos imediatamente colocaram o rosário missionário em volta do pescoço. Depois, na Capela dos Reis Magos, cantaram o cântico da Ave Maria na sua língua materna, emocionados até as lágrimas pela experiência de poder invocar a Virgem no lugar de onde partiram tantos missionários, em épocas passadas, para levar o dom do Evangelho à China, oferecendo toda a sua vida aos seus irmãos chineses.

SENEGAL

Autoridades religiosas das sete dioceses católicas do Senegal selecionaram cuidadosamente 35 jovens e 12 religiosas para representar a nação da África Ocidental na JMJ 2023. “Os preparativos estão bem encaminhados”, disse o Padre Paul Marie Mandica, Oblato de Maria Imaculada (OMI), encarregado da Pastoral Juvenil na Arquidiocese de Dakar.

“Começamos a prepará-los, sobretudo no sentido de sensibilizá-los para a imagem que devem dar de seu país, porque vamos a um evento internacional”, disse o missionário da OMI. “Pedimos a cada diretor diocesano que sensibilize os jovens vindos da sua diocese, lembrando que quando vamos a Lisboa, vamos para uma diocese, porém, quando regressamos, temos de comunicar aos nossos jovens as experiências vividas na JMJ e contagiar a todos”.

Ele acrescentou que a viagem seria uma oportunidade para rezar pela paz no mundo e por Senegal enquanto se prepara para as eleições no início de 2024.

COLÔMBIA

A delegação de mais de 2 mil jovens colombianos está pronta para participar da JMJ 2023. Conforme informado pela Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom Orlando Olave Villanoba, Bispo de Tumaco, e Dom Germán Medina Acosta, Bispo Auxiliar de Bogotá, representarão o episcopado e acompanharão “os coordenadores, delegados e voluntários do país nesta JMJ”.

Em depoimentos colhidos pela CEC, o seminarista Rafael Beltrán explicou que esta Jornada será uma experiência em que “vamos romper horizontes”.

“Vamos nos encontrar com a Igreja na pessoa do Santo Padre, com a Igreja na pessoa dos jovens, com os quais esperamos compartilhar uma experiência de fé que nos anime, não só a nós que estaremos presentes em Lisboa, mas a todos os jovens colombianos”, disse Beltrán, que também coordena a delegação “Um sonho chamado Lisboa”, composta por 190 jovens das Dioceses de Zipaquirá e Fontibón, o Santuário da Divina Misericórdia, a Escola Bíblica Yeshu’a mans e a Comunidade Minuto de Deus.

Dom Germán pediu aos fiéis que acompanhem os jovens com suas orações, para que este encontro com o Papa Francisco seja “um verdadeiro encontro com a pessoa de Jesus, que o Santo Padre representa”.

Por sua vez, Dom Orlando assegurou que depois do evento em Portugal, os jovens voltarão a cada uma das regiões da Colômbia com a firme missão de continuar a comunicar o Evangelho, “anunciando um Cristo jovem, um Cristo vital, um Cristo que dá esperança”.

GUINÉ-BISSAU

Há duas semanas, uma delegação da Igreja guineense, liderada por Dom José Lampra Cá, Bispo de Bissau, foi informar oficialmente o presidente da República de Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, sobre a participação de 135 jovens do país na JMJ 2023.

A Jornada tem “um caráter religioso fundamentalmente, mas seria incorreto deixar os nossos jovens irem para Portugal sem ter um encontro com o presidente da República e partilhar que eles vão como os jovens de todo o mundo à JMJ, um momento de recarregar a força espiritual e moral, para que quando voltarem ao país possam testemunhar a autenticidade da fé cristã”, disse Dom José.

O Bispo de Bissau mostrou-se confiante de que os jovens “vão trazer riquezas humanas e morais para enriquecer aos que não tiveram a possibilidade de estar naquele que é o maior evento da juventude católica”.

Fontes: Agência Fides, Agência Ecclesia, ACI Digital e ACI Prensa

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