
O Laos se juntou ao Camboja e a Mianmar na terceira categoria mais baixa do Relatório Anual sobre Tráfico de Pessoas de 2025, divulgado em Washington, nos Estados Unidos, que culpou a corrupção, a cumplicidade e até mesmo a inépcia das autoridades dos três países por possibilitarem o flagelo.
No entanto, a Tailândia, que, no começo deste ano, iniciou uma grande operação contra sindicatos criminosos e esquemas fraudulentos ao longo de suas fronteiras compartilhadas, permaneceu no nível dois depois que “o governo demonstrou esforços gerais crescentes em comparação ao período do relatório anterior”.
O relatório também observou que a corrupção e a cumplicidade oficial continuaram a impedir os esforços de combate ao tráfico humano na Tailândia, especialmente ao longo de suas fronteiras com os países vizinhos: Mianmar, Camboja e Laos.
O documento, produzido pelo Departamento de Estado norte-americano, descobriu que 3,2 milhões de pessoas foram deslocadas desde o início da guerra civil em Mianmar, em 2021.
“Os esforços do regime militar para combater o tráfico permaneceram insignificantes”, apontou o documento. “Havia uma política ou padrão do regime de empregar ou recrutar crianças-soldado, bem como de usar crianças e adultos para trabalho forçado.” Também foi abordada a expansão das operações fraudulentas on-line “por meio das quais os traficantes exploraram mais de 120 mil vítimas em crimes forçados, defraudando indivíduos em todo o mundo”.
Quanto ao Laos, o relatório aponta que “o governo não investigou, processou ou condenou nenhum traficante, apesar do tráfico sexual e de mão de obra significativos nesses locais”.
O Camboja não se saiu melhor. Embora o relatório tenha afirmado que não havia uma política explícita de tráfico de pessoas, um padrão governamental desse delito em operações fraudulentas on-line é evidente.
“A cumplicidade oficial, inclusive em altos escalões, inibiu ações efetivas de aplicação da lei contra crimes de tráfico humano, que permaneceram generalizados e endêmicos durante o ano”, concluiu o documento.
Fonte: UCA News