Religiosas mantêm projeto para orientar moças na Tanzânia

Um dos objetivos é também alertá-las sobre a violência doméstica

Foto: Facebook Mikono Yetu Center 2

Muitas meninas entre 9 e 20 anos que abandonaram a escola estão voltando a sonhar, fazer planos de vida e olhar para o futuro com esperança e coragem. Tudo isso é possível graças ao Centro “Mikono Yetu”, que capacita mulheres para serem protagonistas da sociedade.

Irmã Kathleen, Inspetora das Irmãs Irlandesas de Nossa Senhora dos Apóstolos (NSA), que voltou recentemente de uma visita à Tanzânia, falou à Agência Fides.

“Mikono Yetu é uma expressão em Kiswahili, língua nacional da Tanzânia, que significa ‘Nossas mãos’”, explica Irmã Kathleen que conheceu o Centro por meio da Irmã Regina Opoku, sua irmã originária de Gana, missionária na Tanzânia há 28 anos.

Irmã Regina é agora um dos pilares do Centro Mikono Yetu. É uma ONG fundada e formada exclusivamente por mulheres, cujo lema de vida é: “Uma menina é uma águia, não uma galinha.”

Por meio de atividades econômicas e culturais é que elas projetam e administram. Mikono Yetu promove a igualdade entre homens e mulheres.

“As fundadoras da Mikono Yetu, diz Irmã Kathleen, queriam lutar contra a violência doméstica, que é generalizada na África, e aprenderam com a experiência que quando as mulheres têm poder econômico, elas também podem resistir à violência de seus homens e melhorar suas vidas e as de seus crianças. Na Tanzânia, como em muitos países africanos, a maioria das mulheres e seus filhos ainda precisam sobreviver com menos de US$1,25 por dia. Mikono Yetu ensinou as mulheres a trabalhar a terra usando técnicas mais produtivas e gastando menos tempo e energia, ensinou-as a montar fazendas coletivas, de propriedade de mulheres, e mostrou-lhes como fazer muitos produtos do dia a dia, como sabão, iogurte e óleo de cozinha , bem como utensílios de barro, madeira ou materiais reciclados.”

Essas atividades geram uma renda que está revolucionando a vida das mulheres que estão acostumadas a depender do marido ou fazer simples atividades de sobrevivência, enfrentar os efeitos nocivos das mudanças climáticas, conhecer e se proteger contra o HIV e COVID-19 e usar celulares e tablets de forma inteligente e produtiva. Durante a pandemia, o Centro apoiou as mulheres, ajudando-as a realizar suas atividades mesmo tempos difíceis.

Fonte: Agência Fides

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