Uma Jornada Inesquecível

‘Um momento de união e de amizade’. Da Paróquia Nossa Senhora da Lapa, da Região Lapa, quatro peregrinos estiveram na JMJ. Uma dessas pessoas foi Paulo Ramicelli, 52. “Para mim, o momento da acolhida do Papa [no dia 3] foi especial, pois além de acolhê-lo, pude vê-lo de perto. No evento, Portugal se apresentou ao mundo, com sua rica cultura, sua demonstração de fé e a força da juventude”. O peregrino ressaltou, ainda, que a JMJ “é um momento de união, de amizade, de fazer o bem, não importa a quem”; e destacou a participação em uma das catequeses que tratou sobre a amizade social, “um tema muito relevante na atualidade, num mundo em tantas guerras – civis, políticas e de valores humanos”.

‘Experiência do amor e da fé de maneira prática’. O grupo JMJuntos, da Vila das Mercês, na zona Sul de São Paulo, começou a se preparar em 2019 para a ida à JMJ Lisboa 2023. Ao todo, 19 peregrinos participaram da Jornada. Antes, eles passaram por Barcelona, na Espanha, onde visitaram a Basílica de Nossa Senhora das Mercês (Ordem Mercedária). Na Jornada, eles ficaram alojados nas casas de paroquianos da Igreja Nossa Senhora da Rosa. “Temos em comum a busca por Jesus, o desejo de segui-Lo, viver uma experiência do amor e da fé de maneira prática, diária, inspirados por Maria, para, assim, alegremente, levar a Boa-Nova da Paz por onde formos e quando voltarmos ao nosso território, termos um novo frescor de vida”, disse Ana Clara, integrante do grupo JMJuntos.

‘Nós temos lugar na Igreja’. O grupo Pescadores de Cristo, da Paróquia Santa Rosa de Lima, da Região Brasilândia, enviou três peregrinos a Lisboa para a JMJ. Para Regina Bertolini Bezerra, a ocasião mais marcante foi a celebração de boas-vindas ao Papa, no dia 3. “Foi um momento lindo, com bandeiras de todos os países e muita união e alegria dos jovens. A primeira mensagem do Papa foi a de que nós temos lugar na Igreja e todos somos iguais, todos somos importantes”, destacou, lembrando que em muitos outros momentos, o Pontífice falou de amor, “um amor que transforma, e temos que transformar as realidades dos jovens em nossas paróquias por meio do amor, união e cuidado”, prosseguiu.

‘Não era possível se locomover tamanha a quantidade de pessoas’. Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Arapuá, na Região Ipiranga, o Padre João Paulo Rizek esteve na JMJ Lisboa 2023 e relatou o ambiente vivenciado na Via-Sacra, na sexta-feira, 4: “O evento juntou grande quantidade de peregrinos e portugueses, de modo que desde o monumento ao Marquês de Pombal até o palco (distante 1,5 km), pelas ruas e avenidas laterais, não era possível se locomover tamanha a quantidade de pessoas. Ressalta-se que devido ao horário de verão na Europa, o sol estava inclemente, mas isso não impediu jovens de todas as nações a acompanhar a cabeça visível da Igreja de Deus pelos muitos telões instalados no local”.

‘Somos o agora e o futuro da Igreja’. Mariana Carvalho, 22, esteve entre os dez peregrinos da Comunidade Canto de Maria, da Basílica de Sant’Ana, na JMJ. “A Via-Sacra foi de longe o momento mais marcante para mim. Meditar o caminho da cruz, em diferentes idiomas, reforçou ainda mais a presença do amor de Cristo no meio de todos os jovens. Em profunda oração, me senti muito acolhida e amada durante as meditações que me recordaram que somos o agora e o futuro da Igreja”, comentou. A jovem assegurou que a participação na JMJ permitiu a cada membro do grupo renovar o encontro pessoal com Cristo “por meio do olhar e das palavras amorosas do Papa Francisco e do encontro com jovens do muito inteiro. A Jornada nos permite proclamar as maravilhas que é estar na presença de Cristo e, assim, poderemos, voltando para as nossas casas, evangelizar para a glória de Deus”.

‘Essa vinda à JMJ representa o amadurecimento na fé’. Da Paróquia Cristo Rei, do Tatuapé, Região Belém, participaram da Jornada 25 jovens do grupo Actus. “Essa vinda à JMJ representa o amadurecimento na fé de cada um dos jovens, mais um passo na descoberta ou fortificação da vocação de cada um de nós dentro da Igreja”, disse Flavio Romei Pirolla, 19, integrante do grupo. “O momento mais marcante para mim foi, sem dúvidas, a Via-Sacra com o Papa, desde a passagem dele tão perto de nós até os momentos dos textos que relacionavam as dores e preocupações da cena da Via-Sacra com os dramas vividos por nós, jovens, todos os dias”. Uma curiosidade marcou esta JMJ para o grupo. Em 31 de julho, na véspera da missa de abertura, a jovem Luiza de Abreu Fernandes, 22, foi pedida em casamento por Lucas Vinícius Pereira do Nascimento, 25, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima.

‘O voluntariado na JMJ foi uma verdadeira peregrinação!’. José Eduardo Rodrigues, morador da Vila Gumercindo, na zona Sul de São Paulo, atuou como voluntário na Jornada e assegura ter sido uma experiência de grande doação e aprendizado, “com as relações e propostas que o Senhor nos desafia durante o dia e a noite”. Ele diz ter percebido que a própria vida pode ser transformada ao se colocar a caminho, aberto às alegrias, tristezas, expectativas e angústias. “O voluntariado na JMJ foi uma verdadeira peregrinação! Neste itinerário, acompanhei os movimentos de Deus na minha vida, na partilha de conhecimento e esforços físicos e mentais. Nos movimentos durante os dias de trabalho, se abriu para mim a novidade da cultura de vários povos. Em cada ponto de parada, pude refletir sobre as relações interpessoais que fizeram parte deste momento marcante na minha vida”, destacou.

‘É uma alegria ter feito parte dessa incrível Jornada’. Noites de pouco sono e dias com muito trabalho. Assim foi a rotina de Raquel Ventura Soares, de São Paulo, que atuou como voluntária na JMJ desde fevereiro. O cansaço passará, mas as boas lembranças permanecerão. “O que fica no meu coração é uma felicidade que explode e transborda, com a tranquilidade de que eu fiz o meu melhor. Não somos nós que fazemos a realidade, e, em um evento dessa proporção, é impossível achar que controlamos algo. É uma alegria ter feito parte dessa incrível Jornada, que vai ficar pra sempre marcada na minha vida”, relatou. “Sou só alegria deste lado do Atlântico, e como o nosso querido Papa Francisco nos pediu, que tenhamos coragem e não fiquemos presos ao medo”, disse a jovem (agachada ao centro da foto), que permanecerá na Europa até fim do ano.

‘A amizade, a caridade e a paz não são utopia’. Daiane Nascimento, da Paróquia São João Batista e São Cristóvão, de Tanabi (SP), Diocese de Votuporanga, participou da JMJ Lisboa 2023 com um grupo de 32 pessoas, da cidade São José do Rio Preto e região. “Lisboa está com um ar diferente, ar de santidade, alegria e sinodalidade. A fraternidade é sentida fortemente. A preparação da Jornada foi muito bem elaborada pelas famílias com muito carinho para o acolhimento dos jovens”, relatou. Para a jovem “a mensagem que fica destes dias é que a amizade, a caridade e a paz não são utopia. Jesus Cristo é a nossa meta e nossa força”, assegurou.

‘Os jovens compartilharam suas vivências’. A Paróquia Nossa Senhora de Fátima, da Vila Leopoldina, Região Lapa, enviou peregrinos à JMJ Lisboa 2023. De acordo com o coordenador dos jovens da Paróquia, Ian Prioste, a interação com outros jovens ampliou a visão de mundo da delegação, “reforçando a importância de celebrar a diversidade cultural e viver a fé de forma vibrante e aberta. Esse momento de interação internacional certamente deixou uma marca especial em seus corações, e eles retornarão à comunidade local com lembranças inesquecíveis e um sentimento de gratidão por essa oportunidade de vivenciar a JMJ 2023 ao lado de jo- vens de todas as partes do globo”, disse após a missa de abertura da Jornada, no dia 1º.

Dom Jorge Pierozan relata participação na Via-Sacra. “No quarto dia aqui em Lisboa, na Colina do Encontro, participei da Via-Sacra com o Papa Francisco e perto de um milhão de jovens. Foi um momento de oração profunda, fé aflorada pelas performances dos jovens, pelas orações proferidas por representantes de diversos países, pelas canções belíssimas, pelo silêncio que o Papa nos pediu… Um milhão em silêncio! Um silêncio que fala, que reza, que comove, que desafia”, disse o Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana.

‘Era muito lindo ver os jovens rezando, cantando, dançando’. O grupo de jovens Divino Coração, da Paróquia Nossa Senhora do Brasil, da Região Sé, esteve na JMJ Lisboa 2023 com uma delegação de 30 jovens. Uma dessas pessoas foi Michele Giglio, que relatou ter sido especial a participação na Vigília no Campo da Graça, no sábado, 5. “É muito emocionante ver várias pessoas de diferentes nacionalidades, que muitas vezes não sabem falar a língua do outro, mas querem se comunicar, trocar experiências e saber um pouco do outro, se ajudar. Em todos os encontros, era muito lindo ver os jovens rezando, cantando, dançando, fazendo filas e esticando o braço para quem passava bater na mão, além dos túneis de bandeiras para o pessoal passar por baixo, mas bastava o Papa abrir a boca e se fazia um silêncio absoluto que era até possível ouvir o vento”, relatou.

‘Uma Jornada Literária Inesperada’. Um grupo com seis seminaristas, dois sacerdotes e leigos de diferentes áreas do saber levaram a Portugal “Uma Jornada Literária Inesperada”, projeto de evangelização e formação cultural, proposto por integrantes da Arquidiocese de Brasília (DF) e de São Paulo (SP). A atividade contou com quatro sessões, entre elas duas lúdicas e duas acadêmicas, começando no dia 29 de julho no Seminário Maior de Coimbra. Na mesma cidade, também ocorreu uma sessão lúdica, no Colégio Rainha Santa, com a apresentação e releituras de trechos das obras de JRR Tolkien e Dante Alighieri. Já em Lisboa, foi no auditório do Museu dos Coches. No dia 2, houve uma seção cujo tema foi a interface entre literatura, religião, filosofia e educação; e, no dia 3, aconteceu mais uma sessão lúdica de promoção e fomento da leitura. Entre os idealizadores esteve o casal de professores doutores Fabiana Klautau, do Colégio Catamarā de São Paulo, e Diego Klautau, do Colégio Catamarã e FEI.

Participaram da cobertura noticiosa da JMJ Lisboa 2023 (no impresso e no site www.osaopaulo.org.br/jmj-2023): Daniel Gomes, Fernando Geronazzo, Fernando Arthur e Ana Beatriz (da redação do O SÃO PAULO); Karen Eufrosino, Elaine Cristina dos Santos, Patrícia Midões de Matos, Elias Rodrigues e Marcos Wilkens (pela Pascom arquidiocesana). *A redação também agradece aos peregrinos que diretamente de Lisboa colaboraram com o envio de textos, fotos e vídeos das atividades da JMJ.
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