UNICEF apoia países onde atuação contra a cólera foca nos mais vulneráveis

Unicef e OMS apoiam governos na África Oriental e Austral em ações como imunização, educação e resiliência;  atuação junto das autoridades nacionais visa evitar fechamento de escolas devido aos casos da doença.

 Unicef/Karel Prinsloo

Agências que atuam em países afetados por surtos de cólera na África Oriental e Austral levantam preocupação com a realidade no terreno. Elas dizem avançar com apoio para combater os casos através da vacinação, educação e resiliência.

O Fundo da ONU para a Infância, Unicef revelou que a resposta à doença em Moçambique tem sido em larga escala. O atual surto é “o maior e mais duradouro na história recente do país”, com 45 mil notificações desde setembro de 2022.

Sensibilização e a prevenção 

O Unicef atua com parceiros em iniciativas lideradas pelo governo prestando serviços de água, saneamento e higiene. As atividades incluem oferecer serviços de prevenção e controle de infecções em 44 centros de tratamento, além de trabalhar na sensibilização e prevenção da doença. 

Com a Organização Mundial da Saúde, OMS, e a ONG Médicos Sem Fronteiras, é feita a gestão de doentes fornecendo e distribuindo materiais para uso em centros de tratamento e em locais onde as pessoas recebem reidratação oral.

O Unicef também é parceiro de outras agências colocando fundos ao dispor das autoridades para a formação médica e acompanhamento do pessoal de saúde. 

Em janeiro deste ano, a agência apoiou o Ministério da Saúde no impulso à campanha de vacinação contra a cólera. A iniciativa alcançou 2,2 milhões de pessoas em nove dos distritos mais afetados pela doença em Moçambique. 

Campanhas de vacinação preventiva

Um dos resultados da vacinação foi controlar o número de casos, enquanto são preparadas campanhas de imunização preventiva em distritos com pontos críticos. 

Dentre os 13 países afetados destacam-se Comores, Zimbabué e Zâmbia por terem novas notificações. Eles se juntam às situações apoiadas pela agências da ONU em países como Somália, Maláui e Etiópia. 

De acordo com o Unicef, crianças com menos de 15 anos chegam a perfazer 52% de todos os pacientes em alguns países. No caso dos menores de cinco anos, a proporção de mortes chega a 40% e dos casos a 30% do total de pacientes.

O Unicef destaca a liderança dos governos no processo que envolve o apoio de  voluntários e profissionais de saúde em comunidades. 

Aprendizagem das crianças

Junto às autoridades nacionais, a agência pretende garantir que a aprendizagem das crianças não seja interrompida e que estas tenham acesso contínuo a água potável e infraestruturas sanitárias, material de saúde e outros produtos de saúde. 

A agência declarou que também apoia o reforço da capacidade dos voluntários baseados na comunidade, incluindo jovens e profissionais de saúde, para reduzir os riscos de futuros surtos.

Fonte: ONU News

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