Reino Unido: legalização do aborto pode ter impulsionado mortes de bebês com síndrome de Down

Um estudo divulgado em dezembro no European Journal of Human Genetics indicou que entre 2011 e 2015, houve queda de cerca de 50% na quantidade de pessoas nascidas com síndrome de Down em todo o continente europeu.

Especificamente no Reino Unido, estima-se que 54% dos bebês com síndrome de Down não nasceram e uma das razões, segundo os movimentos pró-vida, foi a massificação dos testes pré-natal não invasivos para a síndrome de Down, disponíveis desde 2012 em território britânico, somado ao fato de que o aborto é permitido até a 24a semana de gravidez e a gestação pode ser interrompida a qualquer momento quando é considerada perigosa para a saúde física ou mental da mãe, bem como nas situações em que o bebê “sofrerá de anormalidades físicas ou mentais, como estar seriamente deficiente”, caso em que se enquadraria a síndrome de Down.

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Um dos principais grupos pró-vidas britânico, o Right to Life UK, documentou casos de mulheres que foram pressionadas a abortar seus filhos após o resultado de testes pré-natais. Algumas estimativas indicam que nove em cada dez mulheres no Reino Unido que tiveram bebês diagnosticados com a síndrome praticaram aborto.

A campanha “Don’t Screen Us Out” (Não nos descarte) no Reino Unido, nos últimos quatro anos, tem aumentado a conscientização e buscado mudar a Lei do Aborto de 1967. A meta é, ao menos, que o aborto por incapacidades não fatais seja proibido a partir do terceiro trimestre de gestação.

O Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência tem criticado consistentemente os países que preveem o aborto por motivos de deficiência. Em alguns países, como a Islândia, a taxa de aborto de bebês que se acredita terem síndrome de Down é de quase 100%.

Fontes: ACI Digital, Dont’Screen Us Out e European Journal of Human Genetics

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