Paróquia Nossa Senhora dos Remédios: fraterna e solidária, em especial durante a pandemia

Entre outras ações, são ofertadas cerca de 400 cestas básicas no território paroquial, máscaras, álcool em gel, além de roupas para a Missão Belém, semanalmente

Na região central de São Paulo, a Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, Setor Pastoral Aclimação da Região Episcopal Sé, desenvolveu em outubro o projeto “Mês Solidário da Padroeira”, em resposta às propostas abordadas no sínodo arquidiocesano, na Campanha da Fraternidade de 2020 e na mais recente encíclica do Papa Francisco, Fratelli tutti, para uma Igreja fraterna e solidária, sobretudo, em meio a pandemia do novo coronavírus.

Com o envolvimento do Pároco, Padre Ricardo Cardoso Anacleto, do Diácono Jefferson Santos e da comunidade paroquial, as doações foram iniciadas no início da pandemia e intensificadas com o projeto realizado em sintonia com o mês da Padroeira.

Em média são ofertadas cerca de 400 cestas básicas no território paroquial, máscaras, álcool em gel, além de roupas para a Missão Belém, semanalmente.

“Tem sido edificante a ajuda dos paroquianos. Socorremos algumas famílias que passam por privações como a falta de acessórios para enfermos, e demos ajuda emergencial para as muito pobres que habitam em cortiços irregulares, cheios de problemas”, escreveram, ao O SÃO PAULO, o Padre Ricardo, o Diácono Jefferson e a senhora Marinez Machado, coordenadora da Catequese, e a senhora Valdelice Jardim de Oliveira, agente da Pastoral Social.

Além dos donativos, a Paróquia prepara e distribui refeições para famílias cadastradas no território.

PARA QUE NINGUÉM SEJA ESQUECIDO

“A ação missionária de solidariedade representa para nossa Paróquia o sonho de Jesus Cristo de que ninguém seja esquecido e nem abandonado, mas cuidado e esteja sempre sobre o olhar misericordioso da Igreja”, refletiram, completando que promover essa ação caritativa no contexto da festa da Padroeira permitiu que os paroquianos se aproximassem da espiritualidade de Nossa Senhora dos Remédios sobre “a libertação dos cativos, atualizada hoje como a libertação dos que mais sofrem neste tempo de crise sanitária e econômica”.

Segundo os membros da inciativa, a comunidade paroquial deseja permanecer com as doações mesmo após o fim da pandemia, pois se sente “chamada por Deus a testemunhar o Evangelho anunciado e vivido com os que mais sofrem também”.

Tal sentimento torna-se evidente pelo zelo com que os paroquianos têm lidado com os doentes, pobres e crianças atendidas em diferentes situações em que a Paróquia é convidada a ajudar.

UM NOVO OLHAR

A pandemia despertou na comunidade paroquial um senso de comprometimento com os que mais precisam para além dos serviços prestados pela Pastoral Social já antes articulada no local. Os representantes da inciativa acreditam em um novo dinamismo caritativo a partir dessa experiência.

“A Pastoral Social ganhou um significado de conversão de todos, pois entendemos não ser um trabalho mais setorizado ou institucionalizado, mas uma verdadeira comunhão eclesial e espiritual. O marco dessas realidades tem sido vivenciado, por exemplo, nos momentos oracionais. Assim assumimos: oração, formação, caridade e comunhão”, concluíram.  

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