A Igreja celebra a Festa dos Santos Simão e Judas, Apóstolos

Simão, por Lucas apelidado de Zelote (Lc 6,15; At 1,13), Talvez porque militara no grupo antirromano dos Zelotes, por Mateus e Marcos é chamado Cananeu (do termo aramaico que significa “Zelote”).

Judas é chamado Tadeu (Mt 10,4; Me 3,18) ou Judas de Tiago (Lc 6,16; At 1,13). Na última ceia dirigiu a Jesus a pergunta: “Senhor, como se explica que tu te manifestarás a nós e não ao mundo? “. Jesus lhe respondeu que a autêntica manifestação de Deus está reservada a quem ama e observa sua palavra (Jo 14,22-24). Uma carta do Novo Testamento leva seu nome. A festa deles no dia 28 de outubro é lembrada pelo Calendário Jeronirniano (séc. VI).

Dois Santos e dois Apóstolos de Cristo; segundo a tradição, ambos foram mártires do Evangelho, na Mesopotâmia. A Igreja comemora a sua festa no dia 28 de outubro: A história dos dois discípulos, unidos pelo amor de Cristo e pelo seu testemunho corajoso, é recordada em uma única data.  

Quando se fala de Simão (dito o Zelote) e Judas Tadeu, penetramos nas entrelinhas mais íntimas dos anais do Evangelho, onde Deus mostra, com toda a intensidade, a sua dimensão de Homem. Estes dois Apóstolos, menos conhecidos que os outros, paradoxalmente, são dois parentes mais estreitos de Jesus: eram dois de seus primos. No que se refere a Judas Tadeu, a tradição é bastante precisa; sabe-se pelas Escrituras que seu pai, Alfeu, era irmão de São José; enquanto sua mãe, Maria de Cléofas, era prima da Virgem Maria. Por outro lado, sobre a existência de Simão, a tradição é bastante vaga.

As facetas de um Apóstolo

O Evangelho fala de Simão como o décimo Apóstolo, antes de Judas Tadeu. Este dado histórico é verídico. Desde então, as coisas tornaram – se mais confusas, – caso raro entre os discípulos de Jesus.

Muitos identificam Simão com o primo homônimo de Cristo, irmão de Tiago o Menor. Os bizantinos o identificam com Natanael de Caná e o organizador do banquete das Bodas de Caná. No entanto, São Fortunato de Poitiers afirma que Simão e Judas Tadeu foram enterrados em Suanir, na Pérsia, onde receberam a palma do martírio.

Segundo a tradição, é quase certeza que, naquela região do mundo, Simão – chamado “o Zelote” ou “o Cananeu”, como os evangelistas Mateus e Marcos o chamam, – encontra Judas Tadeu, seu companheiro de missão e de predestinação.

Judas, discípulo fiel

Havia dois Judas que seguiam Jesus; naturalmente, o menos conhecido era Tadeu. Por causa desta homonomia ambos contaram com uma escassa devoção, sobretudo na Idade Média.

Quando os Onze apóstolos deixaram Jerusalém, para ir anunciar o Reino de Deus em outras plagas, Judas Tadeu partiu da Galileia e da Samaria, deslocando-se, ao longo dos anos, para a Síria, Armênia e a antiga Pérsia. Nesta região, segundo fontes fidedignas, encontrou Simão; a pregação dos dois levou dezenas de milhares de babilônios e pessoas de outras cidades a receber o batismo. Como sempre, o Evangelho atrai seguidores e inimigos. De fato, para estes dois Apóstolos chegou a hora de dar o testemunho derradeiro.

Coragem de ser cristãos

Ambos foram presos e levados ao templo do Sol para que renegassem a Cristo e oferecessem culto à deusa Diana. Ao rejeitarem a proposta, – narra-se – Judas Tadeu declarou que os ídolos pagãos eram falsos. Naquele mesmo instante, dois horríveis demônios saíram do Templo e o destruíram. As pessoas que assistiam a cena, aterrorizadas, atacaram os dois Apóstolos e os mataram de modo brutal. Suas relíquias estão conservadas na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Fonte: Missal Romano e Vatican News

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