A Igreja celebra os Santos Filipe e Tiago, Apóstolos

Filipe seguiu a Jesus como o Messias anunciado pelas Escrituras e dele comunicou a fé a Natanael (Jo 1,43-48). Fez-se porta-voz de alguns gregos que desejavam ver o Mestre (Jo 12,20-22). Jesus o convida a reconhecer o Pai, visível no Filho feito homem (Jo 14,8-11).

Tiago de Alfeu (Mt 10,3), apelidado o Menor (Me 15,40), era parente do Senhor e foi chefe da comunidade eclesial de Jerusalém (At 12,17; 15,13-21; Gl 1,19). O Novo Testamento traz uma carta com o seu nome. Os dois Apóstolos são comemorados numa só festa, porque, segundo uma tradição, as relíquias deles foram colocadas sob o altar da basílica dos Doze Apóstolos· em Roma no dia da sua dedicação, 1° de maio, por volta do ano 565.

Estes dois apóstolos, entre os Doze, próximos a Jesus, são recordados no mesmo dia, porque suas respectivas relíquias vieram, no século VI, de Hierápolis e Jerusalém, e levadas para Roma, onde são veneradas na igreja, hoje chamada Santos XII Apóstolos. Os dois morreram como mártires.  

Estes dois Santos têm muitas coisas em comum: eles se conheceram porque faziam parte dos Doze, que Jesus chamava Apóstolos, ou seja, os discípulos mais próximos dele. Ambos viveram com Cristo e o seguiram; depois, começaram a obras de evangelização e, por isso, foram martirizados. Os dois foram sepultados, juntos, na Basílica chamada Santos XII Apóstolos, que, no início, era dedicada apenas aos dois.

“Filipe, vem e segue-me”

Quando Jesus encontrou Filipe, lhe disse apenas: “vem e segue-me”. Isso foi suficiente para ele mudar de vida.
Natural de Betsaida, Filipe, que já era discípulo de João Batista, esperava o Messias há muito tempo. Quando Jesus começou suas pregações, o recompensou: foi um dos primeiros a receber a chamada.

Ele esteve com Jesus no deserto, um pouco antes do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes: foi ele que lhe perguntou onde poderiam encontrar tantos pães para saciar a fome de todas aquelas pessoas, que tinham vindo para ouvir suas palavras. Filipe esteve ao lado de Jesus até o fim, na Última Ceia, quando lhe pediu para mostrar a eles o Pai do Céu.

Depois de Pentecostes, o Apóstolo atravessou a Ásia Menor evangelizando os povos Citas e Partos, obtendo muitas conversões. Enfim, ao chegar a Hierápolis, na Frigia, foi pregado de cabeça para baixo em uma cruz em forma de X, na qual morreu como mártir.

Tiago, o “irmão” de Jesus

São Paulo o chama “irmão” de Jesus, um epíteto que designava os parentes mais próximos da família. De fato, segundo algumas fontes, Tiago teria sido o primo de Cristo, filho de Alfeu, que era irmão de São José. Tiago também tinha um irmão, que também era discípulo de Jesus: Judas Tadeu.

Tiago, também chamado o Menor, para distingui-lo de Tiago Maior, que o sucedeu à frente da Igreja de Jerusalém, onde, no ano 50, presidiu a um importante Concílio, durante o qual foram tratados diversos assuntos, importantes para a época, como a circuncisão. Porém, antes destes acontecimentos, Tiago se encontrava ao lado de Cristo, que lhe apareceu após a Ressurreição.

Tiago sempre teve uma conduta exemplar: não comia carne, não bebia vinho e observava os votos. Por isso, não causa surpresa o fato de ter recebido o apelido de “o Justo”.

Autor das primeiras Cartas “católicas” do Novo Testamento, Tiago recorda, de modo particular, aquela que observa o seguinte: “a fé sem obras é morta”.

São Tiago Menor morreu como mártir, provavelmente por apedrejamento, entre os anos 62 e 66.

Fonte: Vatican News

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