2 seminaristas são admitidos como candidatos às ordens sacras por Dom Odilo

Seminaristas Gabriel e Yago, ao lado de Dom Odilo, após a missa em que são admitidos como candidatos às ordens sacras, na sexta-feira, 6
Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

A comunidade do Seminário Imaculada Conceição da Arquidiocese de São Paulo, que engloba as três casas de formação – Propedêutico, Filosofia (etapa do Discipulado) e Teologia (etapa da Configuração) –, festejou sua padroeira na sexta-feira, 6, com uma missa no Seminário de Teologia Bom Pastor, no Ipiranga, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer. 

O Arcebispo Metropolitano recordou, na homilia, o papel do seminário para a formação daqueles que se preparam para receber o ministério sacerdotal, agradeceu o empenho dos reitores, padres formadores e das comunidades nas quais os seminaristas fazem pastoral – “a formação de um padre é um processo que a Igreja faz e que envolve responsabilidades compartilhadas” –; e exortou os seminaristas a perseverarem no itinerário formativo: “Continuem firmes! Que tudo o que vocês semearam neste ano possa desabrochar e crescer em suas vidas”. 

MARIA CONCEBIDA SEM PECADO 

Dom Odilo explicou que a celebração da Solenidade da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro, durante o Advento, acontece no contexto da espera pela vinda do Salvador e recorda que a Virgem Maria foi preservada da mancha do pecado original, uma tradição celebrada desde os primeiros séculos da Igreja, bem antes de se tornar um dogma, proclamado pelo Papa Pio IX, em 1854. 

“Aquela que seria a Mãe do Redentor não poderia estar em momento algum sujeita ao pecado original”, enfatizou o Arcebispo. 

“O mistério da imaculada conceição é cheio de alegria e de esperança, e é também um anúncio daquilo que a Igreja crê e espera. O que Deus realizou em Maria de modo tão extraordinário, Ele quer realizar em todos”, recordou Dom Odilo. 

DOIS CANDIDATOS ÀS ORDENS SACRAS 

Ao término da homilia, o Arcebispo conduziu o rito de admissão de dois candidatos às ordens sacras: os seminaristas Gabriel dos Santos Couto Cavalcanti, 26, do 2º ano da etapa da Configuração; e Yago Felipe Meireles Ferreira, 28, do 3º ano dessa mesma etapa. 

Perante o Arcebispo, os candidatos assumiram publicamente o desejo de completar a preparação que os tornará aptos a receber oportunamente o ministério da sagrada Ordem e de preparar o coração para que possam servir fielmente a Cristo e à Igreja, sendo chamados a viver ainda mais de acordo com o Evangelho e a praticar as virtudes da fé, esperança e caridade. 

Ao O SÃO PAULO, o Padre José Adeildo Pereira Machado, Reitor do Seminário de Teologia, explicou que ao admitir um candidato às ordens sacras, a Igreja reconhece nele um suficiente amadurecimento em vista da ordenação: “A Igreja como que diz ‘siga em frente’, ‘você está no caminho certo’ para logo mais ser ordenado diácono e, depois, padre para servir a Igreja e a humanidade. É um indicativo de que o seminarista tem amadurecido nas quatro dimensões apresentadas por São João Paulo na Pastores dabo vobis [exortação apostólica sobre a formação dos sacerdotes]: humana, espiritual, intelectual e pastoral missionária”. 

Essas mesmas dimensões estão acentuadas na Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, documento publicado em 2016 pelo Dicastério para o Clero, sobre a formação dos futuros sacerdotes. 

“São os quatro pilares: a vida humana, no sentido de observar como a humanidade dessa pessoa está sendo trabalhada; a espiritualidade, ou seja, como tem sido sua vida espiritual, de oração; e como essa pessoa tem se desenvolvido na pastoral e na vida intelectual. Esse amadurecimento vem desde o Propedêutico e se verifica no dia a dia, são feitos relatórios, reportam-se as vivências pastorais, o desempenho da faculdade. E se não há crescimento em alguma área, é normal que se aponte o que o seminarista precisa crescer, como, por exemplo, na vida espiritual. Portanto, quando a Igreja diz que o seminarista está apto para ser admitido como candidato às ordens sacras, significa que ele amadureceu em todos esses aspectos”, assegurou Padre Adeíldo. 

FRUTOS COLHIDOS PELA IGREJA 

O Reitor destacou ainda que a realização desse rito de admissão na festa da padroeira do Seminário Arquidiocesano se insere no contexto em que a comunidade seminarística expressa sua união ao Arcebispo e celebra os frutos colhidos no processo formativo. 

“Como Dom Odilo sempre nos lembra, tudo é fruto de trabalho e de uma vocação que se concretiza. Quando alguém é ordenado padre ou acolhido como candidato às ordens sacras, a Igreja olha com muita esperança, porque são os frutos colhidos de muitos anos de trabalho”, afirmou Padre José Adeíldo, destacando ainda que a admissão também é um incentivo aos demais seminaristas. “Os do Propedêutico, da Filosofia e os demais da Teologia veem naqueles que vão receber as ordens sacras um sinal de que também cada um deles, um dia, poderá estar ali, bem perto de ser ordenado”, explicou. 

O dia festivo no Seminário Imaculada Conceição foi concluído com um almoço. A missa presidida por Dom Odilo teve como concelebrantes Dom Cícero Alves de França e Dom Edilson de Souza Silva, Bispos Auxiliares da Arquidiocese, os padres reitores José Adeíldo (da Teologia), Frank Antônio de Almeida (da Filosofia) e João Henrique Novo do Prado (do Propedêutico), além dos Padres José Cícero Teotonio da Silva (recém-ordenado), Pedro Kuniharu Iwashita, Sidinei Lang, Uilson dos Santos, Anderson Pereira Bispo, Sulliver Rodrigues do Prado, Fausto Marinho de Carvalho, Orisvaldo de Carvalho, Luiz Cláudio Vieira e o Cônego José Miguel de Oliveira. 

(Colaborou: Karen Eufrosino) 

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