3.500 edições, 68 anos de história e uma missão: evangelizar pela comunicação

Imagens: Arquivo/O SÃO PAULO

“Se a imprensa, a boa imprensa, é órgão indispensável na estrutura de qualquer organismo da sociedade moderna, também para a Igreja é elemento necessário à propaganda e à defesa da fé e da moral, da doutrina e da prática da religião”.

Com essas motivações, em 25 de janeiro de 1956, o Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, Arcebispo Metropolitano à época, fazia publicar a primeira edição do semanário arquidiocesano O SÃO PAULO.

Passados 68 anos e 3.500 edições, o jornal continua a ser impresso semanalmente, e desde 2017 também pode ser acessado pelo site www.osaopaulo.org.br e pelas redes sociais (@jornalosaopaulo).

Ao longo das décadas, a impressão em preto e branco deu lugar às páginas coloridas, e a dinâmica de apuração e produção das reportagens foram atualizadas, mas a essência do porquê ter um jornal católico de notícias não mudou:

  • Estar a serviço da comunhão e da participação de todos na Igreja na cidade;
  • Contar os fatos ligados à missão evangelizadora da Igreja que anuncia Jesus Cristo;
  • Ser porta-voz das pastorais, movimentos e associações;
  • Ler os acontecimentos que afetam a vida do povo sob a ótica do Evangelho de Jesus;
  • Formar mentes e corações para que Cristo seja experimentado, seguido e amado por todos;
  • Fazer chegar aos fiéis a voz do Papa, do Arcebispo, dos bispos auxiliares e dos sacerdotes.

Nestas 3.500 edições, os leitores souberam dos atos e discursos de sete papas (Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco) e de cinco arcebispos (Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, Dom Agnelo Rossi, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Cláudio Hummes e Dom Odilo Pedro Scherer), bem como dos fatos eclesiais e do olhar da Igreja para os acontecimentos de âmbito mundial, nacional e local.

FORMA E CONTEÚDO

Até maio de 1960, o jornal circulou em formato tablóide, quando passou ao tamanho standard. Desde o princípio, não se limitava a reportar os fatos do interno da Igreja: resultados de concursos públicos, notas informativas sobre acontecimentos na cidade, agenda de eventos culturais e até notícias esportivas são encontradas nas 12 páginas semanais das edições das duas primeiras décadas, em meio a notícias sobre a Igreja e artigos formativos.

Durante o regime militar, o jornal teve destacado posicionamento editorial contra as violações à dignidade humana que estavam em curso, razão pela qual foi alvo de censura. A partir de 1972, reportagens deixaram de ser publicadas “por motivos de força maior, alheios à redação do semanário arquidiocesano”. Na edição de 13 de junho de 1973, o leitor foi explicitamente informado que o jornal estava “sob censura da Polícia Federal”. E assim foi pelos anos seguintes, situação que somente terminaria em 1978: “Acabou a censura no jornal O SÃO PAULO”, lê-se na manchete da edição de 8 de junho daquele ano.

Na edição de 20 anos do jornal, em 24 de janeiro de 1976, é possível notar algumas mudanças gráficas: na capa, os principais destaques são apresentados em textos curtos (chamadas) e nas páginas internas estava mais bem organizada a disposição dos conteúdos. Uma década depois, na edição 1.551, de 24 de janeiro de 1986, percebe-se o número expressivo de charges e ilustrações nas páginas, com a meta de ajudar o leitor a melhor compreender as notícias. Além disso, as informações estavam dispostas em editorias e havia considerável quantidade de reportagens sobre a presença dos católicos nos diferentes âmbitos da sociedade.

Nos 40 anos do jornal, em 1996, as máquinas de escrever já tinham dado lugar aos computadores, nos quais os jornalistas podiam redigir textos e digitar informações recebidas via fax e os artigos de colaboradores escritos à mão. Também na década de 1990, a diagramação das páginas – a forma como os textos e as fotos são dispostos – passou a ser feita no computador, resultando em melhoria significativa na qualidade do conteúdo impresso.

No jubileu de ouro, em 2006, o jornal, com 12 páginas, já era publicado com a capa e a contracapa colorida; havia maior quantidade de reportagens temáticas e se manteve o expediente prioritário de noticiar as iniciativas da Arquidiocese e da presença da Igreja na cidade.

A chegada da internet à redação nos anos 2000 facilitou a captação das notícias e a recepção dos textos de colaboradores por e-mail. O avanço da computação ampliou as alternativas para a disposição da informação, bem como o uso de gráficos e fotomontagens.

Às vésperas da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em julho de 2013, o jornal passou do formato standard para germânico, tendo todas as páginas coloridas desde então. Em 2014, foram criadas algumas editorias, como Viver Bem, Pelo Brasil, Pelo Mundo e Com a Palavra. Além disso, tornaram-se mais frequentes reportagens especiais sobre temas do cotidiano.

No segundo semestre de 2022, o jornal iniciou a publicação dos cadernos temáticos Fé e Cultura (mensal), Fé e Cidadania (mensal), Pascom em Ação (bimestral) e Laudato si’ – por uma ecologia integral (bimestral); e mais recentemente, em 2024, o caderno da Caritas Arquidiocesana de São Paulo (trimestral).

Conhecido nacionalmente, de modo especial entre os agentes de pastoral, sacerdotes e bispos, O SÃO PAULO tem expandido seu universo de leitores, de diferentes idades, tanto na versão impressa quanto na internet e nas plataformas digitais.

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