A camisa do time virou o cobertor que aquece a quem mais precisa

Iniciativa da Sociedade Esportiva Palmeiras beneficia entidades assistenciais em São Paulo

Atacante Luiz Adriano faz a entrega de cobertor feito a partir do tecido de camisas do Palmeiras

Entre o começo e o fim de um temporada de futebol, muitos clubes trocam os modelos de suas camisas, incluindo a de jogadores, membros da comissão técnica e outras pessoas envolvidas com a equipe.

Não é diferente na Sociedade Esportiva Palmeiras. Até então, o destino dos uniformes antigos era o simples descarte, mas agora eles tem uma utilidade mais social e ambiental.

Em uma parceria do clube com sua fornecedora de material esportivo, a Puma, mais de uma tonelada de uniformes antigos que seriam descartados se transformaram em 2 mil cobertores que foram doados a entidades assistenciais que atuam em prol de pessoas mais vulneráveis.

Rede de solidariedade

De acordo com o Departamento de Comunicação do Palmeiras, entre as entidades beneficiadas estão a Abecal Jabaquara, Casa de Saúde João de Deus, Crê Ser, Instituto da Criança Hospital das Clínicas, Abecal Santo Amaro, Instituto Barrichelo, Associação Socioassistencial São Vicente de Paulo, Centro de Recuperação e Educação Nutricional (Cren), Lar Mãe Mariana e a ONG Clube de Mães do Brasil. Esta última, por exemplo, atende todos os meses cerca de 500 pessoas em situação vulnerabilidade social.

A entrega na ONG Clube de Mães do Brasil teve a participação do atacante Luiz Adriano, titular do elenco alviverde.

“A experiência foi muito boa, poder ter contato com aquelas pessoas neste momento difícil. Fiquei muito feliz, porque eles me receberam com muito carinho. O sentimento foi muito bom, em saber que hoje eles têm cobertores para se esquentar na noite e durante o dia”, disse Luiz Adriano em entrevista ao site do Palmeiras.

Na Casa de Saúde São João de Deus, mantida pela Ordem Hospitaleira São João de Deus, foram entregues cem cobertores. “Nestes tempos de COVID-19, as dificuldades aumentam e em boa hora soubemos que o Palmeiras estava disponibilizando uma centena de cobertores para a Casa. É imensa a nossa gratidão”, disse o Frei Augusto, coordenador.

Como as camisas viraram cobertores

A empresa Retalhar, que atua no ramo de logística reversa, coordenou todo o processo de reciclagem das roupas, viabilizando o reaproveitamento dos tecidos.

Inicialmente, os uniformes foram enviados a uma cooperativa para manufatura reversa, onde houve a remoção de zíperes, botões e elásticos. Depois, o tecido chegou à indústria recicladora, passando pelas etapas de trituração, desfibramento e agulhagem e corte até ser transformado em cobertor, que depois foi embalado para a doação.

“Com isso, a gente resolve um problema ambiental e agrega valor social, ao ajudar quem mais precisa neste inverno com tanto frio, além da situação de pandemia”, afirmou Jonas Lessa, cofundador e CEO da Retalhar.

Uniforme no lixo? Nunca mais

O Departamento de Comunicação do Palmeiras assegura que é a primeira vez essa ação é realizada pelo clube: “Outras virão já que é uma prática que está dentro do programa de responsabilidade institucional do Palmeiras. Portanto, todos os anos faremos essa ação em conjunto com a Puma”.

A ação integra o programa de responsabilidade institucional do Palmeiras “Por Um Futuro Mais Verde”.

“Poder contribuir de alguma maneira para amenizar o frio sentido pelas pessoas que vivem em situação de rua, e também levar um pouco de carinho, atenção e conforto em um momento tão difícil como este que vivemos, é gratificante para todos no clube.”, disse o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, em entrevista ao site do clube.

“Quando o clube demonstra essa atitude, que é a mesma preocupação que nós temos, dá a possibilidade de agirmos juntos em diferentes frentes sustentáveis daqui para frente. Mudar o agora para ter uma nova realidade no futuro”, afirmou Fabio Kadow, diretor de Marketing da PUMA Brasil.

(Com informações da Sociedade Esportiva Palmeiras)

(Edição de texto: Daniel Gomes)

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