O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu, na capela de sua residência, a missa desta quarta-feira, 28, festa dos apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. A Eucaristia foi transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.
Simão nasceu em Caná e era chamado de “Zelotes”. Segundo antiga tradição, teria pregado o Evangelho na África e na Grã-Bretanha. Judas era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Foi ele quem, na última ceia, perguntou a Jesus: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22). Foram martirizados na Pérsia, por ordem de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo.
EDIFÍCIO ESPIRITUAL
Na homilia, Dom Odilo meditou a partir da primeira leitura (Ef 2,19-22), na qual São Paulo diz aos fiéis de Éfeso: “Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus Cristo como pedra principal. É nele que toda a construção se ajusta e se eleva para formar um templo santo no Senhor”.
“É Deus quem edifica e sustenta a Igreja e cada cristão é chamado a fazer sua parte, a ser pedra viva, ‘morada de Deus pelo Espírito’”, afirmou o Cardeal, ressaltando que os cristãos precisam tomar consciência da graça que é fazer parte da Igreja de Cristo.
“Por isso, queremos renovar em nós mesmos a alegria de sermos parte desta Igreja edificada sobre o fundamento que é Jesus Cristo e sobre os apóstolos, que nos confirmam constantemente na fé”, acrescentou.
Já o Evangelho (Lc 6,12-19) narra como Jesus escolheu os 12 apóstolos, após uma noite de oração, chamando-os nominalmente. O Arcebispo enfatizou que Cristo chamou pessoas comuns, pecadoras, que chegaram a duvidar da ressurreição, mas, à exceção de Judas Iscariotes, foram confirmados na fé e se tornaram ardorosas testemunhas do Evangelho.
“Deus também conta conosco, com nossas imperfeições, se nos deixarmos transformar. A Igreja é feita de santos e pecadores, todos chamados para sermos confirmados pela graça de Deus”, concluiu o Cardeal.