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Arcebispo preside missa na festa da copadroeira da Paróquia São Pio X e Santa Luzia

Guilherme Belotti

Na manhã do sábado, 13, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu missa por ocasião da festa da copadroeira da Paró­quia São Pio X e Santa Luzia, Decanato Santa Maria Madalena da Região Belém. Concelebrou o Padre Reginaldo Donato­ni, Pároco e Decano.

Na homilia, Dom Odilo contextuali­zou a festa litúrgica no âmbito do Tempo do Advento, destacando que a celebração dos santos, especialmente dos mártires, é uma ajuda para viver a expectativa do Natal: “Santa Luzia, como tantos mártires, deu a vida pela fé, como testemunho do Evangelho”, recordou o Cardeal, lembran­do que ela viveu no início do século IV, du­rante as perseguições do Império Romano.

O Arcebispo enfatizou que a recusa dos cristãos em adorar os imperadores como deuses não era ateísmo, mas fideli­dade ao “Deus único e verdadeiro”. Essa fidelidade custou a vida de Santa Luzia, uma das sete mulheres citadas no Cânon Romano da Missa.

BOA VISÃO FÍSICA E ORIENTADA À VERDADE

Dom Odilo recordou, ainda, que Santa Luzia é invocada pelos fiéis como prote­tora dos olhos, citando a iconografia que a representa segurando um prato com olhos: “Nós precisamos sim da boa visão dos olhos do corpo, mas precisamos tam­bém do cuidado e da caridade em relação àqueles que são deficientes visuais”, afir­mou, pedindo atenção e pequenos gestos de auxílio a tais pessoas no cotidiano.

O Cardeal alertou para a cegueira mais perigosa: a falta de discernimento e a “visão distorcida” da realidade. “San­ta Luzia é a padroeira da boa visão, da visão orientada pela verdade”, disse, co­mentando, ainda, sobre o perigo de viver segundo ilusões ou ideologias que impe­dem de ver o bem e a verdade de Deus.

Por fim, o Arcebispo conectou a festa de Santa Luzia ao atual tempo litúrgico: “Estamos no Advento e logo celebrare­mos o Natal, quando proclamamos que, com o nascimento de Jesus, a luz de Deus brilha no mundo”. Ele ainda exortou a co­munidade a pedir a intercessão de Santa Luzia para que a vida de cada fiel seja ilu­minada, permitindo-lhes seguir o cami­nho de Deus com clareza, sabendo “por onde andam” e evitando os “caminhos tortuosos” do egoísmo e da violência.

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