
Na manhã do sábado, 13, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu missa por ocasião da festa da copadroeira da Paróquia São Pio X e Santa Luzia, Decanato Santa Maria Madalena da Região Belém. Concelebrou o Padre Reginaldo Donatoni, Pároco e Decano.
Na homilia, Dom Odilo contextualizou a festa litúrgica no âmbito do Tempo do Advento, destacando que a celebração dos santos, especialmente dos mártires, é uma ajuda para viver a expectativa do Natal: “Santa Luzia, como tantos mártires, deu a vida pela fé, como testemunho do Evangelho”, recordou o Cardeal, lembrando que ela viveu no início do século IV, durante as perseguições do Império Romano.
O Arcebispo enfatizou que a recusa dos cristãos em adorar os imperadores como deuses não era ateísmo, mas fidelidade ao “Deus único e verdadeiro”. Essa fidelidade custou a vida de Santa Luzia, uma das sete mulheres citadas no Cânon Romano da Missa.
BOA VISÃO FÍSICA E ORIENTADA À VERDADE

Dom Odilo recordou, ainda, que Santa Luzia é invocada pelos fiéis como protetora dos olhos, citando a iconografia que a representa segurando um prato com olhos: “Nós precisamos sim da boa visão dos olhos do corpo, mas precisamos também do cuidado e da caridade em relação àqueles que são deficientes visuais”, afirmou, pedindo atenção e pequenos gestos de auxílio a tais pessoas no cotidiano.
O Cardeal alertou para a cegueira mais perigosa: a falta de discernimento e a “visão distorcida” da realidade. “Santa Luzia é a padroeira da boa visão, da visão orientada pela verdade”, disse, comentando, ainda, sobre o perigo de viver segundo ilusões ou ideologias que impedem de ver o bem e a verdade de Deus.

Por fim, o Arcebispo conectou a festa de Santa Luzia ao atual tempo litúrgico: “Estamos no Advento e logo celebraremos o Natal, quando proclamamos que, com o nascimento de Jesus, a luz de Deus brilha no mundo”. Ele ainda exortou a comunidade a pedir a intercessão de Santa Luzia para que a vida de cada fiel seja iluminada, permitindo-lhes seguir o caminho de Deus com clareza, sabendo “por onde andam” e evitando os “caminhos tortuosos” do egoísmo e da violência.





