Docentes, estudantes e profissionais que atuam na Faculdade de Teologia da PUC-SP, na Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo e no Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva participaram na manhã da quarta-feira, 23, na Paróquia Imaculada Conceição, na Região Ipiranga, da missa em sufrágio do Papa Francisco, que morreu na segunda-feira, 21, aos 88 anos.
A Eucaristia foi presidida pelo Padre Everton Fernandes de Moraes, Diretor da Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo e Chanceler da Arquidiocese de São Paulo.
Entre os concelebrantes estiveram professores da Faculdade de Teologia Nossa Senhora Assunção e seu Diretor, Padre Boris Agustín Nef Ulloa, que também é Pároco da Paróquia Imaculada Conceição; o Monsenhor Sérgio Tani, Presidente do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de São Paulo; Padre Hernane Modena, Diretor-geral do Arquivo Metropolitano; Padre Zacarias José de Carvalho Paiva, Diretor-administrativo do Arquivo Metropolitano e Procurador da Mitra Arquidiocesana de SP; e Padre José Adeildo, Reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor.
‘ELE SONHAVA UMA IGREJA POBRE PARA OS POBRES’
A homilia da missa foi feita pelo Padre Boris. Inicialmente, o Sacerdote recordou que Francisco abriu o Jubileu da Esperança, em dezembro do ano passado, convocando a Igreja a olhar para a face de Deus manifestada em Cristo, um Deus que se faz humano, ferido por amor e que cura durante o caminho: “O Santo Padre fez o seu caminho e nos convidou a fazer com ele o nosso, mais do que com ele, com o nosso Mestre”.
Padre Boris recordou que o ser eleito papa, o Cardeal Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome de Francisco, em alusão ao Santo de Assis, que se fez próximo dos pobres, sendo esta uma marca peculiar do pontificado de Francisco.
“Ele sonhava com uma igreja pobre para os pobres. Ele serviu os mais pobres, buscou os pobres nas periferias deste mundo e foi injustamente acusado por tantas pessoas, porque justamente amou os pobres”, ressaltou Padre Boris.
“Milhares de pessoas passarão pela Basílica Vaticana para homenagear o Santo Padre falecido nestes próximos três dias, e nós, neste espírito de Oitava da Páscoa, proclamando a vitória de Cristo sobre a morte, veremos mais esta pregação de Francisco, porque para os homens e mulheres que têm fé, não se prega somente em uma homilia, mas se prega por gestos, por sinais, se prega até com a morte. Pastorear para o Crucificado, como diz o apóstolo Paulo aos Coríntios, o Cristo Crucificado prega. O Sumo Pontífice falecido continua pregando com o seu funeral, e pregará até quando for transladado da Basílica Vaticana até a Santa Maria Maior, naquele cortejo que acompanharemos no sábado de manhã, e veremos que aqueles que têm o coração em Deus, terão uma palavra de orgulho, e ação de graças, e renovarão em Cristo, o desejo de caminhar na esperança, de perseverar no caminho que o Senhor propõe”, disse o Sacerdote, destacando, ainda, que o Jubileu 2025 prosseguirá mesmo após a morte do Pontífice, já que a Igreja continuará a ser guiada pelo Espírito Santo, “que atualiza o mistério de Cristo no pão e no vinho consagrado, o Espírito que nos faz enxergar nos irmãos últimos a presença de Deus”.
Durante a missa também rezou em sufrágio de Dom Angélico Sândalo Bernardino, falecido no dia 15 deste mês, aos 92 anos.
Antes da bênção final, aconteceu uma singela homenagem ao Papa Francisco: diante de um quadro com sua foto, foram depositadas flores, repetindo o gesto que ele fez ao retornar de suas 47 viagens apostólicas internacionais, quando depositava flores aos pés da imagem mariana na Basílica de Santa Maria Maggiore, onde será sepultado no sábado, 26.
ENTREVISTAS
Padre Boris fala do pontificado de Francisco e a influência nas Faculdades de Teologia
Padre Ricardo Anacleto, Vice-Diretor da Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo, criada no pontificado de Francisco, destaca a contribuição do Papa para o Direito Canônico
(Apuração: Karen Eufrosino/Redação final: Daniel Gomes/O SÃO PAULO)
