Entre os dias 17 e 21, centenas de ministros extraordinários da Sagrada Comunhão participaram da Semana de Formação Regional.
A formação aconteceu simultaneamente nos cinco decanatos da Região Episcopal Belém. No Decanato Santa Maria e São José, a formação tomou lugar no Arsenal da Esperança; já no Decanato São Lucas, os ministros reuniram-se na Paróquia São Vicente Pallotti e São Paulo Apóstolo; no Decanato Santa Maria Madalena, a formação aconteceu no Colégio Franciscano São Miguel Arcanjo; no Decanato São Timóteo, a Paróquia Divino Espírito Santo acolheu os ministros e no Decanato Sant’Ana e São Joaquim, a formação ocorreu na Paróquia São Mateus Apóstolo.
O encontro foi conduzido pelos Padres Miguel Lisboa Aguiar, Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Bom Parto; Eduardo Binna, Pároco da Paróquia São Carlos Borromeu; Reuberson Ferreira, MSC, Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração e Abdón Santana, OSA, Vigário Paroquial da Paróquia Jesus Ressuscitado, e pelo Diácono Marcel Martins.
Os temas abordados na formação disseram a respeito sobre o ministério extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística, além de falar sobre os sacramentos e a eclesiologia.
UMA SEMANA INTENSA
Para o Padre Miguel Lisboa Aguiar, o evento foi uma iniciativa regional positiva, haja vista que proporcionou uma semana intensa de aprendizagem para aqueles que começarão a exercer tal função nas paróquias e comunidades da Região, quanto para aqueles que já a exercem.
“Proporcionar tais momentos de estudo serviu também para promover a unidade entre as paróquias dos cinco decanatos, além de tirar dúvidas práticas sobre o ser ministro”, enfatizou o Sacerdote.
Padre Miguel abordou o tema “A Igreja: uma eclesiologia de comunhão”, retomando os conceitos fundamentais propostos pelo Concílio Vaticano II, tendo por base a constituição dogmática Lumen gentium.
“Uma eclesiologia de comunhão é ter por base o Espírito que une cada comunidade na mesma fé, a do Senhor vivo e Ressuscitado. Além disso, pudemos perceber a Igreja sendo ela Corpo místico de Cristo, Igreja sacramento, Igreja povo de Deus, Igreja como Tradição viva e a Igreja como instituição, sua estrutura, função, dons, carismas e ministérios”, salientou.
O PAPEL DA PASTORAL
O Diácono Marcel Martins, Assistente Pastoral da Paróquia São Miguel Arcanjo, abordou o tema “A Pastoral do Ministro Extraordinário”.
Ele ressaltou à Pascom da Região Belém que a Semana foi uma grande oportunidade para os agentes de pastoral se encontrarem, se conhecerem e partilharem momentos.
“Foi um momento de comunhão, de proximidade e de compartilhamento de experiências, de cada paróquia. Pude perceber que isso aconteceu bastante ao longo dos encontros. E, também, foi um momento propício de muita aprendizagem. Era perceptível o entusiasmo dos agentes de pastoral e o desejo de cada vez mais aprenderem um pouquinho. Então, isso foi muito marcante. Eu fiquei muito feliz de ter participado desses encontros.”, afirmou.
O Diácono relatou que, pessoalmente, também foi uma semana intensa e de oportunidade de conhecer outros decanatos e outros agentes de pastoral. “Para mim, esse encontro dá um ânimo, revigora as energias para que a gente possa continuar o nosso trabalho pastoral, ajudando nas formações das lideranças leigas da nossa comunidade. Então, espero que tenhamos outros momentos assim, que eu possa também colaborar”.
Acerca do tema desenvolvido, o Diácono afirmou que buscou, além de dizer o que os ministros devem fazer em suas paróquias, propôs algumas provocações e reflexões para eles, tentando levá-los a pensarem a pastoral, a pensar pastoralmente a realidade de cada um deles.
Ele dividiu sua formação em três partes: primeiro a dimensão missionária da Igreja, a partir do texto de Mateus 28,16-20; segundo, o âmbito de atuação da pastoral, a partir da Evangelii gaudium, na qual o Papa Francisco ressalta a ação pastoral, e exortou os ministros a irem ao encontro dos batizados que estão afastados de nossas comunidades e, também, de anunciar a Boa Nova àqueles que não conhecem ou que ainda não acolheram a mensagem de Jesus Cristo, a sua Boa Nova. Por fim, abordou algumas implicações dessas dimensões tratadas anteriormente para a pastoral dos ministros extraordinários.
“Pensando no desdobramento de uma pastoral missionária e evangelizadora e que pensa coletivamente a sua ação pastoral. Eu abordei a importância da pastoral ser realizada em espírito de comunhão e sinodalidade e, sobretudo, destaquei a importância que a pastoral tem em vista do atendimento dos doentes. Então, a principal função dessa pastoral não é a distribuição da comunhão dentro da missa, mas, sim, o levar a comunhão aos doentes, fazer esse serviço caritativo para os irmãos e irmãs que não podem vir até a comunidade. Resgatei com eles um pouco a história da origem do Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão, que está ligado, então, a levar a comunhão aos enfermos. Destacando para eles que uma comunidade que cuida dos doentes, que vai ao encontro dessas pessoas mais fragilizadas, é uma comunidade que cresceu na fé, na solidariedade e na caridade, levando a presença de Jesus Cristo e da Igreja, aqueles que estão impossibilitados de participarem das nossas comunidades.” afirmou.
VIVACIDADE PASTORAL
Padre Reuberson Ferreira, MSC, discorreu sobre o tema “Sacramentos, sinais visíveis de Cristo”. O sacerdote ressaltou que a semana de formação foi um grande efeito na Região Episcopal.
“A movimentação, a circulação, a vivacidade dos decanatos em vista de um trabalho pastoral. Depois, a presença de ministros que buscam formação. Isso é sinal de que esse é um ministério, uma parte da nossa ação pastoral, que precisa ser ainda mais valorizada. O povo tem sede de formação. E a questão do senso de sermos Igreja, de participarmos de decanatos, que são mecanismos de comunhão, e de caminharmos juntos”, afirmou.
Já o Padre Abdón Santana, OSA, discorreu sobre “A Prática do Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística”, e o Padre Eduardo Binna sobre “O Mistério de Cristo, vivo e atuante na Igreja”.