Seminaristas e candidatos ao diaconato permanente na Arquidiocese receberam as atribuições durante missa na Catedral da Sé
“Ide por todo este mundo, ide pregai o Evangelho! Há muita gente que espera ouvir o que vos disse o Senhor. Ide, ensinai às nações, tudo que ouvistes de mim, sempre convosco eu estarei, todos os dias sem fim”.
Ao Coro da Catedral Metropolitana de São Paulo, uniram-se para este cântico, na manhã do domingo, 31 de julho, as centenas de vozes de familiares e amigos de seminaristas e candidatos ao diaconato permanente a quem o Cardeal Odilo Pedro Scherer conferiu os ministérios de leitor e acólito, rito que marca uma das etapas do processo formativo dos futuros ministros ordenados da Arquidiocese de São Paulo.
Concelebraram a missa Dom Ângelo Ademir Mezzari, Dom Cícero Alves de França e Dom Rogério Augusto das Neves, Bispos Auxiliares de São Paulo, bem como padres do clero da Arquidiocese, entre os quais os formadores do seminário arquidiocesano e da Escola Diaconal São José.
A Eucaristia também demarcou o início do mês vocacional na Arquidiocese de São Paulo, que será celebrado por toda a Igreja do Brasil em agosto, com o tema “Cristo vive! somos suas testemunhas”.
“Este é um mês dedicado à reflexão sobre o fato de que somos um povo chamado, de vocacionados por Deus à fé, à vida cristã, portanto, com muitos dons, com graças que Deus nos dá para testemunharmos e anunciarmos o Evangelho”, disse o Arcebispo Metropolitano no começo da missa.
LEITORES E ACÓLITOS
O ministério de leitor foi conferido a sete seminaristas do Seminário de Teologia – Bruno Carvalho de Melo, Devisson Luan Oliveira Dias, Donato Sousa da Silva, Douglas da Silva Gonzaga, Gabriel de Oliveira da Silva, Victor de Meneses Pain da Silva e Victor Fernandes Batistti Petris – e a nove candidatos ao diaconato permanente – Alessandro de Oliveira Pedro, Augusto Henrique Maciel, Glauco Gardeano, Nelson Marques, Paulo Roberto dos Santos Ferreira, Reginaldo Cesar Rodrigues, Ronaldo Contin Della Nina, Wagner Gomes Coelho e Walmir Cardoso dos Santos.
Os nove candidatos ao diaconato também receberam o ministério de acólito, o qual foi ainda conferido pelo Arcebispo Metropolitano aos seminaristas José Cícero Teotonio da Silva e Douglas da Silva Gonzaga.
Os ritos para o leitorato ocorreram antes da proclamação das leituras da missa, já os para o acolitato após a homilia.
Instituídos para o serviço da mesa da Palavra, para que proclamem as leituras das celebrações (exceto o Evangelho); além de terem a missão de organizar a catequese e orientar o povo e sua participação na assembleia, os leitores receberam do Cardeal Scherer o livro das Sagradas Escrituras.
Já os acólitos, instituídos para o serviço da mesa da Eucaristia e para auxiliar os diáconos e servir os sacerdotes, bem como para ajudar os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão e substitui-los quando necessário, receberam do Arcebispo o pão e o vinho a serem consagrados na missa.
ANUNCIAR A PALAVRA DE DEUS
Na homilia, o Cardeal Scherer ressaltou que a mais importante missão da Igreja é a de anunciar a Palavra de Deus, a fim de que ela continue a cumprir aquilo que Jesus a encarregou: “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16,15).
Desde o tempo dos apóstolos, a Igreja realiza este anúncio e zela para que sempre haja pessoas que o façam, especialmente os ministros ordenados. “A Igreja institui os ministros, os servidores da Palavra, para que dediquem o seu esforço, sua capacidade, seu tempo ao estudo e à acolhida da Palavra de Deus, primeiro para si, e, depois, para poderem comunicá-la da melhor forma ao mundo e não só aqueles que já estão na Igreja”, detalhou o Arcebispo Metropolitano. “Por isso é que os leitores recebem o livro das Sagradas Escrituras, para que a transmitam, a fim de que a Palavra cresça e frutifique na vida das pessoas”, complementou.
Dom Odilo recordou, ainda, que aqueles que se deixam conduzir pela sabedoria divina comunicada pela Palavra alcançam as promessas de Deus já neste mundo, pois permanecem no bom caminho da vida, preocupando-se não em acumular bens que aqui ficarão, mas agindo para alcançar o bem maior, a vida eterna.
“Que a Palavra de Deus nos inspire, nos ajude, nos dê sempre a verdadeira sabedoria para sabermos o que fazer, como discernir as circunstâncias todas que vivemos, para que vivamos com serenidade, paz, retidão, sem perder o rumo, sem nos perdermos em ilusões”, afirmou o Arcebispo, enfatizando que anúncio da Palavra de Deus é o primeiro serviço do sacerdote: “Anunciar a Palavra de Deus ao mundo, ao povo, à Igreja, a nós mesmos, para que nós tenhamos a verdadeira sabedoria que vem da fé”.
UM MÊS PARA ANIMAR VOCAÇÕES
Um dos concelebrantes da missa, o Padre José Carlos dos Anjos, Promotor Vocacional da Arquidiocese de São Paulo, disse ao O SÃO PAULO que no mês dedicado às vocações sempre há um maior envolvimento do clero para a promoção vocacional nas paróquias.
“Em cada região episcopal há padres responsáveis pela Pastoral Vocacional, e os demais sacerdotes podem contatá-los para buscar apoio nesta missão. Este é um mês para animar as vocações, chamar os jovens, não só para o ministério ordenado, mas também para a vida como leigo consagrado, para a vida em família, enfim, a cada semana vamos meditar uma vocação, um chamado de Deus”, afirmou Padre José Carlos.
Algumas atividades foram especialmente preparadas na Arquidiocese para o mês vocacional: a primeira delas, uma live com o Cardeal Scherer, na terça-feira, 2, às 20h, pelas plataformas digitais da Arquidiocese de São Paulo, em que ele falará sobre o sentido e o compromisso do mês vocacional. No dia 13, na Catedral da Sé, haverá a tradicional missa com os coroinhas e acólitos; e em 28 de agosto, no Santuário São Judas Tadeu, será realizado um dia para reflexões acerca das diferentes vocações na Igreja. De acordo com o Padre José Carlos, também nas regiões episcopais e setores pastorais estão programadas diferentes atividades referentes ao mês vocacional.
oportuno a celebração envolvendo os diversos ministérios.